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Infraestrutura dos Emirados Árabes pode atrair empresas brasileiras

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As empresas brasileiras interessadas na exportação podem encontrar no Oriente Médio soluções de logística e distribuição de mercadorias para diversos países. Por esse motivo, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) defende o aprofundamento das relações entre as nações.

Os Emirados Árabes Unidos, onde estão localizados Dubai e Abu Dhabi, transformaram-se, nas últimas décadas, em um dos maiores centros comerciais mundiais devido à larga infraestrutura marítima na região do Golfo Pérsico e terminais aéreos para carga. Com foco na redistribuição de mercadorias ao redor do mundo, o país conta com uma zona franca voltada a diversos segmentos econômicos.

O Embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja fala à imprensa na Embaixada, em Abu Dhabi O Embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja fala à imprensa na Embaixada, em Abu Dhabi

O Embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja fala à imprensa na Embaixada, em Abu Dhabi – Tomaz Silva/Agência Brasil

O embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja, destaca a localização privilegiada do país árabe. 

“Os Emirados ocupam uma posição estratégica em termos geográficos, na entrada do Golfo. São o país, talvez, de maior estabilidade política e econômica em todo o Oriente Médio e Norte da África, características que justificam a presença brasileira”, completou.

No ano passado, por exemplo, Dubai importou 8 milhões de toneladas de alimentos e reexportou o equivalente a 6,277 milhões por meio de seus portos. Foram emitidos mais de 78 mil certificados sanitários de exportação.

Em 2021, este centro de comércio e redistribuição alcançou o melhor resultado em atração de empresas internacionais, com 2.485 novas companhias. No ano anterior, foram 2.025 novas adesões. No total, o país conta com mais de 20 mil empresas associadas, desde a sua inauguração há 20 anos. 

A chefe operacional do escritório da Apex-Brasil em Dubai, Karen Jones, explica que a participação de empresas brasileiras nesse contexto é difícil de mensurar.

A chefe de operações do escritório da Apex-Brasil em Dubai, Karen Jones fala à imprensa A chefe de operações do escritório da Apex-Brasil em Dubai, Karen Jones fala à imprensa

A chefe de operações do escritório da Apex-Brasil em Dubai, Karen Jones fala à imprensa – Tomaz Silva/Agência Brasil

“Até mesmo em parcerias com órgãos governamentais locais, a gente tem uma dificuldade em mapear números exatos. Os números que eles puxam, muitas vezes, contam com empresas que têm como representante um brasileiro”, disse.

Apesar disso, a estimativa que é que existam entre 40 e 50 empresas do Brasil. Alguns exemplos são JBS, BRF, Embraer, Vale, Tramontina e Boticário.

O setor aeroportuário de Abu Dhabi também apresentou bons resultados de tráfego de carga durante 2021. Houve aumento de 31,8% no volume transportado, passando de 540.144 toneladas em 2020 para 711.715 toneladas em 2021. O desempenho foi atribuído ao aumento nos embarques de carga geral e produtos especiais, como mercadorias expressas, com temperatura controlada e produtos farmacêuticos.

*A repórter Fernanda Cruz e o fotógrafo Tomaz Silva viajaram a convite da Apex-Brasil

Edição: Lílian Beraldo

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