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Já foi em preto e branco, agora é multicolorida e digital, mas também pode ser em três dimensões. No início, ela era acessível somente ao bolso de famílias bem-sucedidas, hoje, se tornou um item essencial, presente na grande maioria dos lares. A TV foi inventada há cerca de 100 anos, pelo escocês John Logie Baird, e apresentada pela primeira vez a cientistas em 1926.  

A evolução da televisão é constante e caminha junto com a história da sociedade. Há 72 anos, no dia 18 de setembro de 1950, o Brasil viu, pela primeira vez, a televisão em funcionamento, com inauguração da TV Tupi em São Paulo. A partir desse marco, foi instituído no Brasil, pela Lei nº 10.255/2001, o Dia Oficial da Televisão Brasileira, celebrado anualmente em 18 de setembro.  

Em 1972, outro episódio marca a história da televisão no Brasil: a primeira transmissão a cores por uma TV privada. A conquista foi inaugurada pela TV Globo, na Festa da Uva de Caxias do Sul. Antes disso, em 1970, uma transmissão a cores foi realizada de forma experimental, durante a Copa do Mundo do México, pela estatal Embratel.  

Paixão pela TV e promoção da democracia  

Há dois anos, a jornalista goiana Marina Demori atua na empresa CNN Brasil. Ela conta que sua paixão pela televisão começou cedo. “Minha mãe conta que meu encantamento pela TV começou ainda na infância. Que eu sempre ficava acordada, lutando contra o sono pra assistir ao Jornal Nacional e, mesmo sem entender nada, amava! Mas, quando fui pra faculdade de jornalismo, esse não era exatamente meu objetivo”. 

Marina relata que a convite de uma amiga foi acompanhar a gravação de um programa televisivo em que ela participava e foi “amor pra vida inteira”. “Acho que ter tido contato com os bastidores me abriu os olhos para o que eu queria fazer o resto da vida. Quando comecei a procurar estágio, surgiu uma vaga na TV Serra Dourada. Depois, ainda como estagiária, fui pra PUC TV. Lá tive a oportunidade de começar como repórter, foi o primeiro grande passo na minha carreira. Foram dois anos entre redação, estúdio e reportagem, e essa experiência me validou como profissional. Da PUC, fui pra TV Anhanguera, e depois de quatro anos e três cidades recebi o convite da CNN Brasil, onde estou hoje”, explica a profissional. 

Ela acredita que as emissoras de televisão que são comprometidas com a democracia estão lutando para que ela seja mantida. “Em ano de eleições os ânimos ficam ainda mais aflorados, especialmente no atual cenário que vivemos, e isso faz com que as pessoas acabem generalizando, criando narrativas e teorias a respeito do que vê na tela. A verdade é que cada pessoa enxerga de um ponto de vista”, destaca Marina.  

A repórter afirma que o importante é que as notícias continuem causando indignação, revolta e questionamento, pois, para ela, o compromisso dos profissionais de TV, ou de qualquer outro meio de comunicação, precisa ser com a verdade. “E a verdade escancarada na TV traz clareza dos fatos. A credibilidade da TV também ajuda nesse sentido. Para promover a democracia os programas de TV e os telejornais precisam estar comprometidos com ela”, sustenta.

A jornalista destaca o fato de o sinal da TV aberta chegar a lugares onde a internet ainda é precária. “A linguagem do jornalismo de TV é clara, objetiva, de fácil entendimento. Acredito que, cada vez mais, as emissoras vão investir numa integração entre TV e internet, o que já vem sendo feito há anos, e tem dado muito certo.” 

Marina acredita que a televisão continua sendo o meio de comunicação mais democrático e acessível do país. “Sabemos que as redes sociais têm um alcance gigantesco, mas, ao contrário do que muito foi dito quando houve o boom das redes, a TV não está perdendo espaço. As pessoas ainda esperam as reportagens nos principais jornais do país para validar o que foi publicado em sites de notícias, por exemplo”, afirma. 

É o caso da aposentada Maria Aparecida de Freitas, 80 anos, que mora na cidade de Edeia, a 130 km de Goiânia. Ela conta que sua maior fonte de informação tem sido telejornais brasileiros, dos quais se diz telespectadora assídua. “Tenho acompanhado os debates eleitorais e todos os telejornais. Mas isso acontece tem muito tempo, é pela televisão que me mantenho informada e por causa de uma reportagem do jornal eu entendi o que são fake news e não caio nisso quando recebo no meu celular”, destaca a idosa.  

Comparação de dados  

Com o avanço da visualização de vídeos por streaming, caiu o acesso de TV por assinatura e parábolica, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa Pnad TIC 2019, divulgada pelo instituto, mostra que, em 31,7% dos domicílios brasileiros, houve acesso da internet via TV, naquele ano. 

Mesmo que os dispositivos de telefonia móvel predominem nos acessos à internet, com 99,5% das residências acessando-a por essa via, em 2019, chama atenção o crescimento da TV, que respondia por 11,6%, em 2016; 16,1% em 2017; e 23,3% em 2018. 

Entre os domicílios pesquisados naquele ano, em 96,3% havia um aparelho de televisão. Em 2018, o porcentual era de 96,4%. A região Norte se manteve com menor porcentual de domicílios com televisão (91,6%), enquanto a região Sudeste continuou com o máximo desse indicador (97,7%). 

No decorrer de um ano, foi registrado um aumento expressivo no número de residências brasileiras com televisão de tela fina, saltando de 53 milhões para 57 milhões. Em contraste, o número de domicílios com televisão de tubo caiu de 23 milhões, em 2018, para 18 milhões, em 2019. 

Assim, entre 2018 e 2019, a fatia de domicílios com apenas televisão de tela fina subiu de 66,9% para 73,9%, enquanto os que tinham somente televisão de sinal analógico caiu de 23% para 18,4%, um padrão observado em todas as grandes regiões.  

Depois da modernização dos aparelhos e a implantação do sinal digital, que ainda estava em andamento, em 2019, o que se nota, ainda, é uma enorme parcela de potenciais domicílios prejudicados pela extinção do sinal de TV analógico, que está sendo, gradualmente, substituído pelo digital.  

As TVs com conversores estavam presentes, em 2018, em 86,6% das residências. Um ano depois, essa fatia ampliou para 89,8%. Entre as regiões brasileiras, o Sudeste apresentou o maior porcentual de domicílios com TVs com conversor para a recepção do sinal digital de televisão aberta, em 2019, com 94,0%. Já o Nordeste registrou o mais baixo, com 81,4%. 

Outros dados que merecem destaque foram colhidos pelo antigo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). E a maior constatação é que os canais abertos seguem perdendo espaço na preferência dos brasileiros para os serviços de streaming. Em 2020, o serviço de obtenção de conteúdo de mídia por aplicativos ficou atrás apenas da TV Globo em audiência e, no ano seguinte, as principais emissoras de canal aberto seguiram perdendo espectadores. 

De acordo com o Ibope, fora a TV Record, que registrou avanço, todas as emissoras abertas, incluindo a totalidade dos canais por assinatura, observaram perdas nas medições, entre janeiro e setembro do ano passado. 

Ao levar em consideração as 15 regiões metropolitanas brasileiras, o Ibope divulgou uma média do share, que é a medição da participação de cada canal no universo de aparelhos ligados nas 24 horas do dia, em comparação com 2020: a Globo teve queda de 2%; o SBT, de 13%; a Band, de 11%; a RedeTV, de 22%; e os canais pagos, de 16%.  

Projetos de lei 

Poucas programações disponibilizam, hoje, a tradução por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Diante disso, tramita na Assembleia Legislativa um projeto de lei que visa estabelecer tal inclusão nas transmissões dos telejornais locais das emissoras televisivas para o acesso a informações às pessoas com deficiência auditiva. A matéria, de nº 4387/20 e autoria da deputada Lêda Borges (PSDB), dá destaque para a igualdade, tendo em vista que há, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva, de acordo com a propositura.  

“Toda pessoa com deficiência tem direito a igualdade de oportunidades e de não sofrer nenhuma espécie de discriminação, na medida em que se considera discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assertivas”, anota a legisladora, na justificativa do projeto. 

Outra matéria da deputada também trata sobre TV, mas visando a punição da empresa se houver veiculação de publicidade ou propaganda misógina, sexista ou estimuladora de agressão e violência sexual contra a mulher em Goiás. É a proposta nº 3984/19 . 

De acordo com a proposição, toda empresa, com sede em Goiás, que contratar ou veicular publicidade com os elementos descritos por qualquer meio, dentre os quais outdoor, folhetos, cartaz, rádio, televisão ou redes sociais, será penalizada, conforme prevê o projeto. 

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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