Distrito Federal
Fitoterápicos da Farmácia Viva são distribuídos em 22 UBSs
Os medicamentos fitoterápicos produzidos pelas duas unidades de Farmácia Viva são distribuídos no Instituto de Saúde Mental e em 22 unidades básicas de saúde (UBSs) em 15 regiões administrativas. Eles são produzidos com o uso de plantas medicinais de ação terapêutica cultivadas nas próprias farmácias, localizadas no Riacho Fundo I e em Planaltina.
Na produção dos fitoterápicos, os princípios ativos são extraídos das raízes, sementes e folhas. As unidades da Farmácia Viva seguem os protocolos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Resolução Nº 886 de 20 de abril de 2010, que define que as farmácias vivas devem realizar as etapas de cultivo, coleta, processamento e armazenamento de plantas medicinais. As espécies utilizadas devem ser originárias de horta ou horto oficial ou comunitário, devendo ser dispensadas no âmbito do SUS, não sendo permitida sua comercialização.
“Para garantir a segurança e eficácia nesse processo, procuramos selecionar e cultivar plantas medicinais que possam ser transformadas em fitoterápicos”Nilton Luz Netto Junior. chefe do Núcleo de Farmácia Viva
Isso quer dizer que todo medicamento produzido nas farmácias vivas por meio da extração de plantas deverá ser entregue nas unidades de saúde da região, sem nenhum custo para a população.
O uso dos medicamentos está condicionado à prescrição de um profissional de saúde. Desta forma, para retirá-los nas unidades de saúde, é necessário apresentar duas vias da receita, documento de identificação com foto e cartão do SUS.
Saiba onde retirar o medicamento
Produção de fitoterápicos
Na Farmácia Viva do Riacho Fundo são cultivadas várias espécies de plantas que são utilizadas na produção de medicamentos. Além de produzir, a unidade dispensa os produtos para 23 farmácias públicas. São cerca de 2,5 mil unidades de medicamentos por mês, de acordo com a demanda.
A unidade produz o xarope e a tintura de guaco – um expectorante que pode ser utilizado por pacientes com diabetes por não conter açúcar em sua formulação –, a tintura de boldo, que serve para a má digestão, e a tintura de funcho, indicada como medicamento antiespasmódico (atua na contração involuntária dos músculos), entre outros.
Além dos medicamentos, a Farmácia Viva produz materiais didáticos sobre o uso correto de plantas medicinais e a cada semestre distribui mudas de plantas às UBSs cadastradas para a população atendida. Em 2020, foram distribuídas mudas de ora-pro-nóbis e babosa. Nesse semestre, a ação começou com a distribuição de mudas de malvariço; no próximo, será o funcho.
“A Farmácia Viva representa um modelo de saúde que aproxima a população dos seus valores tradicionais de uso de plantas medicinais. Para garantir a segurança e eficácia nesse processo, procuramos selecionar e cultivar plantas medicinais que possam ser transformadas em fitoterápicos, permitindo assim, incorporar aos profissionais de saúde da atenção básica a prescrição nos cuidados em saúde da população”, explica o chefe do Núcleo de Farmácia Viva, o farmacêutico Nilton Luz Netto Junior.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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