Nacional
Empresário afirma que Witzel recebeu R$980 mil da ‘caixinha da propina’
Nesta quarta-feira (13), o empresário Edson Torres e o presidente do PSC-PI, Valter Ferreira de Alencar Pires Rebelo serão ouvidos no processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro , Wilson Witzel. Torres afirmou ter participado de forma ativa na arrecadação de fundos para a campanha do então candidato ao cargo de governador do estado. As informações foram apuradas pelo G1.
Em sua audiência, Torres disse ter participado ativamente da arrecadação de fundos para Witzel . Fato que já acontecia mesmo quando o governador afastado exercendo seu cargo de juiz federal.
“Juntamos um valor de quase R$ 1 milhão de subsistência caso ele (Witzel) não ganhasse a eleição. O valor foi pago até a desincompatibilização do cargo de juiz. Foram pagas algumas parcelas – uma delas, a Lucas Tristão. Outra foi entregue ao Everaldo em uma sala na Avenida Rio Branco 109, oitavo andar. Nessa ocasião, o então juiz federal estava presente”, afirmou.
Em seu depoimento, o empresário disse ter pago propina para o ex-secretário estadual de saúde, Edmar Santos. Segundo ele, o pagamento começou quando Santos ocupava o cargo de diretor do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Torres era dono da empresa de segurança Dinâmica e teria se aproximado de Santos quando ele ocupou seu cargo na pasta de Saúde.
Torres conta que sua participação foi importante para a nomeação de Santos para o cargo de secretário. Ele conta que anteriormente, Edmar queria conquistar a reitoria da Uerj e no futuro, se candidatar para o cargo de deputado. Porém, com a vitória de Witzel ao governo do estado, suas metas mudaram.
“Nós nos encontramos em um café da manhã no Hotel Hilton. Naquela ocasião, Edmar me pediu para apresentar o currículo dele ao governo recém-eleito. Entreguei o currículo ao pastor Everaldo, que o repassou ao Witzel e o Edmar acabou escolhido para ser secretário de Saúde”, declarou.
O empresário ainda afirmou durante o julgamento que, também participou de esquemas envolvendo a Cedae. Conta que pagou propinas a empresa na época em que era presidida por Jorge Briard e com a sua forte ligação ao presidente do partido de Witzel, Pastor Everaldo, iniciou um esquema com governos do estado desde de 1998 , com empresas como Detran e Cedae.
No tribunal, nesta quarta, Valter Ferreira de Alencar Pires Rebelo também prestará depoimento sobre sua reação com o esquema do governo do Rio em nomear pessoas fantasmas para cargos públicos para desvio de dinheiro. O presidente do PSC-Piauí nega ter feito parte do esquema.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que Witzel será ouvido somente quando a delação premiada do ex-secretário, Edmar Santos, for liberada . O julgamento estava previsto para terminar no mês de maio, mas com a decisão do STF , o Tribunal Especial Misto suspendeu os prazos dos julgamentos, deixando a data de seu termino em aberto.
Durante o processo, a defesa do governador afastado também poderá apresentar recursos para serem julgados . Witzel foi afastado de seu cargo em agosto de 2020 sob a suspeita de corrupção, pelo ministro Benedito Gonçalves, do STJ.
Em sua decisão ele diz que o MPF descobriu uma “sofisticada organização criminosa, composta por pelo menos três grupos de poder, encabeçada pelo governador Wilson Witzel”.
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