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Nacional

Em maio, Bolsonaro “priorizava” vacinas; meses depois, recusou oferta da Pfizer

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Presidente relembrou postagem para mostrar que sempre foi favorável às vacinas; tuite ocorreu meses antes de recusa de imunizante da Pfizer
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Presidente relembrou postagem para mostrar que sempre foi favorável às vacinas; tuite ocorreu meses antes de recusa de imunizante da Pfizer

Criticado pela baixa quantidade de vacinas contra a Covid-19 adquiridas até o momento e por ter se posicionado diversas vezes contra o uso de imunizantes, o presidente Jair Bolsonaro vem tentando melhorar esta imagem junto à população. Neste sábado (13), ele publicou em suas redes sociais uma foto relembrando uma postagem do dia 08 de maio de 2020, na qual afirmava que o Ministério da Saúde teria se antecipado na conversa com laboratórios para garantir “prioridade” na compra .

Apesar da tentativa, os acontecimentos seguintes acabaram provando que a postura de Bolsonaro não foi exatamente essa. Menos de três meses depois, a Pfizer ouviu um “não” do governo federal quando ofereceu cerca de 70 milhões de doses do seu imunizante contra o novo coronavírus para a utilização no Brasil.

Ao todo, o  governo Bolsonaro rejeitou três ofertas da farmacêutica norte-americana e deixou de obter pelo menos 3 milhões de doses em meio à escassez de vacinas, o que impossibilitou que vacinação começasse ainda em 2020. O volume, que tinha entrega prevista até fevereiro, equivalia a cerca de 20% das doses já distribuídas no país até o momento.

Na última semana, o Ministério da Saúde confirmou que pretende negociar com a Pfizer e deve começar a receber as remessas no mês de maio, um ano após a fala sobre “prioridade” feita pelo presidente e depois de oito meses do primeiro “não” ao laboratório. Neste período, o país enfrentou aumento no número de casos e mortes, ultrapassou a marca de 260 mil óbitos e vê os  recordes de novas infecções se renovarem a cada dia.

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