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Dia do Escritor, lembrado em 25 de julho, destaca a necessidade de políticas públicas para incentivar a cultura

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A data em que é celebrado o Dia do Escritor completou neste 25 de julho, 62 anos de reconhecimento nacional à importância desse profissional. São eles aliados não apenas na formação cultural de um local, mas também no processo de aprendizagem das pessoas, já que muitos dos livros produzidos pelos escritores são aplicados em sala de aula para se discutir aspectos relacionados ao Brasil e a outros países, além de serem  cobrados nas provas de vestibulares e Enem.

Ciente da relevância do papel dos escritores, o deputado Virmondes Cruvinel (UB) observa que, “as palavras são os principais tijolos no edifício do conhecimento humano e os escritores são os maiores artífices dessa obra”, garante.

O parlamentar ressalta, ainda, que, neste e nos outros dias, é preciso reverenciar aqueles que, pelo ofício de escrever, se dispõem a dividir conosco sua imaginação e seu conhecimento. 

“Tenho muito orgulho de sempre ter colocado nosso mandato em defesa da cultura e, com isso, ter ajudado no desenvolvimento das mais diversas manifestações artísticas, incluindo a literatura”, afirma. 

Brasil de pouca leitura

Apesar do reconhecimento da necessidade da leitura para a formação do indivíduo, levantamento realizado pelo Instituto Pró-Livro (IPL), em 2019, aponta que a quantidade de leitores no País caiu de 56% em 2015 para 52% em 2019. 

A edição mais recente, realizada em parceria com o Itaú Cultural e lançada em setembro daquele ano, ouviu 8.076 entrevistados em 208 municípios, dentre eles 5.874 nas capitais de 26 estados e do Distrito Federal. 

Os números da pesquisa (disponibilizados e que podem ser conferidos tanto em relação ao total do Brasil quanto pelas cinco regiões ou pelas capitais) foram ponderados, considerando-se os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento consta da 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, dedicada a avaliar o comportamento do leitor brasileiro. O estudo é realizado a cada quatro anos, desde 2007, e busca contribuir para o estabelecimento de políticas públicas que estimulem o hábito da leitura.

Ciente da importância de se implementar políticas voltadas à valorização da leitura, recentemente, projeto proposto por Virmondes foi sancionado pelo Executivo, por meio da Lei nº 21.505, de junho de 2022. A legislação em pauta trata da Política Estadual de Incentivo à Literatura Digital.

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Dentre os princípios norteadores da política pública estão: sustentabilidade socioeconômica, diversidade cultural, inovação criativa e inclusão social.

A legislação determina, ainda, quais ações devem ser adotadas para implementação da política de leitura digital, por meio do incentivo aos empreendimentos criativos, produção de informação, conhecimento e ampla divulgação sobre a literatura digital, e, ainda, pela institucionalização do aprimoramento da literatura digital em Goiás e nos órgãos públicos.

A formulação e a execução da Leitura Digital serão estabelecidas por meio de parcerias com entidades públicas, privadas e instituições de ensino. Além disso, serão consideradas as reivindicações e sugestões do setor digital e dos consumidores, e estimulados investimentos produtivos direcionados ao atendimento das demandas do mercado de literatura digital.

Dentro da mesma visão de responsabilidade com a melhoria social por meio da leitura, o deputado Bruno Peixoto (UB) ressalta que “todos nós sabemos a importância do hábito da leitura para o desenvolvimento do ser humano e da sociedade como um todo. O contato com os livros e a prática da leitura aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a interpretação”, enuncia. 

Peixoto assinala, ainda, que com o objetivo de erradicar o analfabetismo absoluto e o analfabetismo funcional que ainda existe em diversas regiões do estado, e, também, de adotar métodos de aprendizagem que estimulem a leitura, apresentou a proposição protocolada sob nº 7516/21, em trâmite na Casa de Leis. O texto prevê a adesão de Goiás ao Decreto Federal nº 9765/2019, que institui o Plano Nacional de Alfabetização.

Bruno conclui que “estimular a leitura básica é tão importante quanto ensinar a ter o hábito de ler”.

Destaques no exterior 

Conforme evidenciou o Mapeamento da Literatura Brasileira no Exterior, muitos autores brasileiros conquistaram notoriedade fora do País. 

Paulo Coelho, autor contemporâneo, é citado no levantamento entre os que se destacam na preferência do público internacional. Ele conquistou reconhecimento pelo Guinness Book com sua obra O Alquimista, que é o livro mais traduzido do mundo (69 idiomas), além de outros prêmios. 

Coelho é o escritor brasileiro mais vendido no planeta, com 210 milhões de exemplares, além de ter sido traduzido para mais de 70 línguas e alcançado 150 países.

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Mas ainda é possível assinalar o trabalho de autores como Machado de Assis, considerado o maior nome da literatura brasileira. Autor de Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Quincas Borba e outros romances clássicos famosos, é um dos preferidos entre os estrangeiros. 

Clarice Lispector, natural da Ucrânia e naturalizada brasileira, é reconhecida como uma das mais importantes escritoras do século XX, por duas vezes conquistou o Prêmio Jabuti de Literatura. Entre suas obras figuram A Hora da Estrela, Laços de Família, além de outros. A marca da autora são cenas cotidianas simples e tramas psicológicas. 

Com Sagarana e Grande Sertão Veredas destacadas entre as mais famosas obras, Guimarães Rosa também conquistou a preferência dos estrangeiros. As obras têm como ambiente o sertão brasileiro e são marcadas por neologismos, realismo mágico, invenções linguísticas e regionalismo. Além de escritor, foi médico e diplomata. 

Jorge Amado foi um dos autores mais adaptados para o cinema e para a televisão, com destaque para obras como: Capitães de Areia, Grabriela, Cravo e Canela, Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tieta. O escritor baiano tinha preferência por retratar temas sociais, explorar folclore, crenças e sensualidade. 

Graciliano Ramos obteve reconhecimento por Vidas Secas, mas também ficou conhecido por São Bernardo, Angústias e Memórias de Cárcere. Ele era escritor, jornalista e professor.

Um dos principais nomes da Música Popular Brasileira, Chico Buarque é também dramaturgo e escritor. Obteve reconhecimento com o Prêmio Jabuti e reúne uma vasta obra, com os livros Budapeste, Leite Derramado e O Irmão Alemão.

Já Carlos Drummond de Andrade é considerado por muitos críticos o poeta mais importante de todos os tempos. Um dos principais escritores da segunda geração do Modernismo no Brasil, Drummond foi contista e cronista.

Conhecido por sua contribuição no movimento modernista brasileiro, Oswald de Andrade foi escritor, ensaísta e dramaturgo.

Autor de Macunaíma, Mário de Andrade era dedicado ao estudo sobre folclore, etnografia e cultura do Brasil. Atuou ainda como crítico de arte, diretor do departamento de Cultura de São Paulo e professor.

Fonte: Assembleia Legislativa de GO

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