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Crédito do GDF transforma realidade do produtor no campo
As perspectivas de expansão do agricultor Edson Rodrigues Pereira, 55 anos, são grandes. Há quase três décadas no campo, Edson, em dezembro do ano passado, comprou equipamentos de irrigação para dois hectares do cultivo de mandioca e milho. Atualmente, prepara a montagem de uma estufa para a plantação de tomates. O investimento só foi possível depois de seu projeto ter sido aprovado pelo Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR).
O programa de crédito do Governo do Distrito Federal (GDF) é gerido pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), e tem durante todo o processo, o acompanhamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
“A nossa expectativa para 2021 é chegar à liberação de R$ 6 milhões para uma média de 30 propostas de planejamento”Edson Rohden, diretor de Gestão de Fundos da Seagri
Por meio do FDR, são oferecidos empréstimos de até R$ 200 mil – a depender da atividade – com juros que variam de 2,25% a 3% ao ano. O prazo para pagamento pode chegar a dez anos, e a periodicidade da quitação da dívida (mensal, semestral ou anual) vai também variar de acordo com a necessidade do produtor.
Com recursos próprios do governo, o fundo é alimentado por retornos de créditos feitos em anos anteriores. Em 2020, foram liberados R$ 1,6 milhão para 16 projetos. As operações ficam a cargo do Banco de Brasília (BRB). Atualmente, são mais de 200 projetos ativos. “A nossa expectativa para 2021 é chegar à liberação de R$ 6 milhões para uma média de 30 propostas de planejamento”, prevê o diretor de Gestão de Fundos da Seagri, Edson Rohden.
Para o que vale
Qualquer atividade agrícola, seja da agroindústria, do turismo rural, da agricultura familiar ou até da produção de energia fotovoltaica – desde que para consumo da propriedade e não para comercialização –, pode ser contemplada pelo fundo. Uma equipe técnica analisa a viabilidade do projeto.
Para se candidatar ao FDR, o produtor rural precisa estar no DF ou em alguma das cidades do Entorno atendidas pela rede da Emater. A empresa ajuda o investidor na elaboração do projeto que será apresentado à Seagri e presta toda a assistência técnica ao produtor rural durante a após a sua aplicação.
“Nossos técnicos acompanham o investidor durante todo o financiamento”, explica a presidente da Emater, Denise Fonseca. “Antes, analisam a viabilidade do empréstimo para que ele não corra o risco de lá na frente ficar endividado.”
Agilidade
Edson Rodrigues está animado com as novidades na sua produção. Depois de receber os recursos, ele agora aguarda a chegada dos equipamentos de irrigação de precisão, automatizada e sem desperdício de água. O sistema é bem mais moderno que o utilizado manualmente por ele no outro hectare da plantação.
O agricultor conta que a liberação do crédito foi rápida e chegou no momento certo. “De imediato, terei o controle da produção, podendo, enfim, contar com uma regularidade de cultivo o ano inteiro, plantando inclusive durante a seca. Mantenho a clientela, a lucratividade e os produtos de melhor qualidade”, comemora.
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