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Coronel Adailton requer Procissão do Fogaréu como Patrimônio Cultural e Imaterial

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Por iniciativa do deputado Coronel Adailton (PRTB), tramita na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás a propositura de nº 1960, que trata do reconhecimento da Procissão do Fogaréu como Patrimônio Cultural e Imaterial Goiano. A Procissão do Fogaréu é realizada desde 1745, na cidade de Goiás,  quando as luzes da cidade se apagam na meia-noite da Quinta-feira Santa, para representação dos últimos momentos da vida de Jesus até sua prisão e crucificação. A solenidade é considerada uma das mais expressivas e reverberadas referências culturais da região Centro-Oeste brasileira. 

O deputado esclarece em sua justificativa que esse evento é reconhecido pela mídia nacional e internacional como uma das tradições paralitúrgicas quase tricentenária, que faz parte da identidade da antiga capital de Goiás. Ele lembra que a importância da Procissão do Fogaréu como expressão cultural é tamanha que levou os escritores Clóvis Carvalho Britto e Isabela Tamaso a abordar os valores e os traços culturais considerados significativos para manter acesa a memória de um povo.

Britto (2008, pág.2): ‘O Fogaréu é o espetáculo resultante do encontro das chamas da festa e da lembrança na foz ardente da comemoração, rememoração. Festeja-se a lembrança de um acontecimento e promove-se a celebração de uma lembrança. Através da evocação são reforçados valores e traços culturais considerados significativos e o rito mantém acesa a memória’.

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Tamaso (2011, pág. 5): ‘Prestigiar as expressões culturais vilaboenses é conhecer a cidade e o seu passado, reconhecer as suas trajetórias na preservação desse conjunto de bens culturais e viver cada um deles para compreender cada experiência como se fosse a primeira vez. A Procissão do Fogaréu é um exemplo de resistência como marco cultural e religioso na história da Cidade de Goiás-GO. São nessas referências culturais e no legado que os organizadores da Procissão proporcionam que a tradição é garantida pela conexão entre ritual e verdade formular; por isso, não há tradição sem guardiões, pois eles têm o acesso privilegiado à verdade, que em Goiás é em geral dado pela genealogia’.

“Reconhecer um bem como Patrimônio Cultural e Imaterial possibilita alcançar grandes ganhos a exemplo da disseminação da história como forma de perpetuação da manifestação tradicional para gerações futuras. Outras vertentes a serem consideradas são os benefícios sociais e comerciais. A manifestação carregada de valor histórico, desperta o sentimento de pertencimento da comunidade, o que a leva a cuidar ainda mais do feito. Do ponto de vista dos negócios, a Procissão do Fogaréu, uma referência da localidade, abre inúmeras possibilidades no empreendorismo, favorecendo a rota turística, despertando em mais pessoas o interesse em visitar a cidade de Goiás e participar da tradicional manifestação”, proclama o deputado em sua propositura.

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O projeto encontra-se na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, sob relatoria do deputado Amauri Ribeiro (UB).

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