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Confronto em terra Yanomami deixa garimpeiros e indígenas baleados

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Tatuzão do Mutum, considerado o maior garimpo da Terra Indígena Yanomami, em dezembro de 2020
Foto: ISA/HAY

Tatuzão do Mutum, considerado o maior garimpo da Terra Indígena Yanomami, em dezembro de 2020

Um conflito armado entre garimpeiros e indígenas deixou ao menos cinco pessoas feridas na comunidade de Palimiu, em Roraima, onde fica o território Yanomami . A informação é da Hutukara Associação Yanomami.  De acordo com a entidade, o confronto se deu quando, por volta das 11h30 desta segunda-feira, sete embarcações de garimpeiros atracaram na comunidade e deu início ao ataque contra os índios . Quatro garimpeiros e um indígena, de raspão, foram baleados. Não há informações sobre vítimas. O GLOBO confirmou o ataque com o vice-presidente da Hutukara, Dario Kopenawa Yanomami.

De acordo com Dario, houve tiroteio em conflito aberto “por cerca de meia hora”.

– As embarcações dos garimpeiros saíram para a proximidade e ameaçaram voltar para vingança – diz Dario.

Em oficio enviado ao Exército, à Polícia Federal, à  Funai e ao Ministério Público de Roraima, a entidade pede aos órgãos que atuem “com urgência para impedir a continuidade da espiral de violência no local e garantir a segurança para a comunidade Yanomami de Palimiu”.

No final de março, O GLOBO mostrou que o garimpo ignorou a pandemia e avançou 30% na Terra Indígena Yanomami em 2020, com 500 hectares devastados de janeiro a dezembro. No total, o garimpo ilegal já destruiu o equivalente a 2,4 mil campos de futebol em todo o território. Pouco ou quase nada se fez para conter os invasores, que já beiram os 20 mil na região. Os dados constam do relatório “Cicatrizes na Floresta: a evolução do garimpo ilegal na TI Yanomami”.

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