Entretenimento
CNN perde ação na Justiça para médico cotado para ser ministro de Bolsonaro
A CNN Brasil e o jornalista Daniel Adjuto sofreram uma derrota parcial na Justiça para o médico Italo Marsili, que foi cotado para ser o ministro da Saúde do governo Bolsonaro em maio de 2020. Marsili entrou com uma ação por danos morais após a emissora de televisão e o âncora divulgarem uma informação parcialmente incorreta sobre ele e pediu uma indenização de R$ 300 mil.
O site Notícias da TV teve acesso à sentença do juiz Fernando Henrique de Oliveira Biolcati, da 22ª Vara Cível de São Paulo. O magistrado decidiu que a CNN e Adjuto devem pagar uma indenização de R$ 10 mil ao médico, pelo fato de a informação divulgada não ser inteiramente falsa.
Ao noticiar a possibilidade de Marsili ocupar o Ministério da Saúde, Adjuto falou ao vivo na CNN e postou no Twitter que o médico não tinha a certificação de psiquiatria. O jornalista disse que o profissional não era inscrito na Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Porém, o médico explicou que é psiquiatra, pois possui o registro na Comissão Nacional de Residência Médica (CRNM) e fez a residência em psiquiatria na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A assessoria do médico entrou em contato com a CNN após a exibição da matéria e a emissora fez as correções no dia seguinte. Adjuto entrou ao vivo para fazer a errata e também completou o tuíte que fez. “Marsili tem residência médica em psiquiatria pela UFRJ e pode atender como tal. Ele não tem registro de qualificação de especialista, o RQE, o que o impede de se anunciar como psiquiatra em vídeos, palestras, postagens, redes sociais, segundo o Código de Ética Médica”, o jornalista escreveu na rede social.
Mesmo assim, Marsili decidiu mover um processo contra a CNN e Adjuto. A defesa do médico pedia o “pagamento de indenização por danos morais, por danos materiais a título de perda de uma chance [no Ministério da Saúde] e à publicação da eventual sentença condenatória nos portais da CNN Brasil”. Ou seja, queria o valor da indenização pelo erro e culpa a emissora por não ter conseguido o cargo no governo Bolsonaro.
A CNN argumentou que a informação transmitida ao público estava apenas parcialmente incorreta e também defendeu que não há motivos para a indenização. O juiz decidiu que a defesa do médico está “procedente em partes”, pois a emissora deveria ter tido a informação completa e ter ouvido Marsili antes da exibição dos fatos.
“Considerando os contornos do caso, especificamente quanto à pronta retratação exercida pelos requeridos nos canais em que houve a divulgação da reportagem original e não tendo sido demonstrada maior repercussão concreta de abalo à boa fama do autor, suficiente a indenização dos danos morais no montante de R$ 10 mil”, o magistrado definiu. Daniel Adjuto e a CNN estão recorrendo à decisão em segunda instância.
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