Nacional

Caso Henry: ex-babá de menino morto presta novo depoimento à polícia

Publicado

em


source
Henry Borel, de 4 anos
Reprodução

Henry Borel, de 4 anos

Thayna de Oliveira Ferreira , de 25 anos, ex-babá do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos , chegou à 16ªDP (Barra da Tijuca), onde deve prestar um novo depoimento sobre o caso. Segundo a polícia, Thayna teria mentido em seu primeiro interrogatório, quando negou que a criança, que morreu em 8 de março, sofria agressões . Esse teria sido um dos motivos que levou a prisão da mãe de Henry, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, e de seu namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido).

Thayna, que entrou na delegacia no início da tarde sem falar com a imprensa, teve seu celular apreendido pela polícia na última quinta-feira (08), mesmo dia que o casal foi preso . Mensagens trocadas entre a professora e a babá que foram recuperadas pelos investigadores mostram que Monique sabia das agressões de Dr. Jairinho contra o filho dela pelo menos desde o dia 12 de fevereiro, quando Thayna relatou à patroa que o menino disse ter levado “uma banda” e ter sido chutado, além de estar mancando e com o joelho doendo.

O laudo da necropsia feito pelo Instituto Médico-Legal (IML), revela que no corpo de Henry Borel tinha 23 lesões que não foram consideradas compatíveis com uma queda da cama , como foi sugerido por sua mãe No laudo da reprodução simulada feita no apartamento onde Henry morava com a mãe, os peritos afirmam que “as lesões produzidas na vítima e o seu óbito ocorreram no interior do apartamento no intervalo entre 23h30m e 3h30m”.

READ  TV Brasil atinge novo patamar e fica em 3º lugar de audiência no DF

Ainda de acordo com o documento, a imagem da câmera do elevador mostra que o menino já estava morto quando deixou o apartamento no colo de Monique para ser levado ao hospital. Jairinho também aparece na imagem reproduzida no documento. Segundo o laudo, ao analisar o vídeo, pôde ser constatado que o menino apresentava “abolição de motilidade e de tônus muscular”, “o que significa que o óbito tinha ocorrido havia pouco. As imagens mostram ainda que o casal saiu para o hospital às 4h09m do dia 8, 39 minutos depois de contarem ter encontrado o menino caído.

Entre os elementos colhidos pela Polícia Civil na investigação do caso da morte do menino Henry , chamou atenção dos agentes envolvidos os indícios da crueldade que teria sido praticada pelo vereador Dr. Jairinho sob anuência da mãe da criança, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva. Os policiais afirmam que o garoto levava chutes, bandas e pancadas na cabeça.

Você viu?

Menino tinha medo de Jairinho

Seis dias após ser informada pela babá de que Henry levava bandas e chutes do seu namorado, Monique relatou a uma prima pediatra que o filho sentia “medo excessivo de tudo” e, quando via o político, chegava a “vomitar e tremer”. A troca de mensagens, recuperada no celular da professora pela Polícia Civil , consta no inquérito que apura a morte do menino. O alerta das agressões no apartamento da família, no condomínio Majestic, no Cidade Jardim, na Barra, foi dado em tempo real pela babá de Henry

READ  Polícia investiga assalto em importante via do RJ; veja vídeo

Perguntas ainda sem resposta

Como o menino foi morto? O que causou tantas lesões?

Necropsia feita no corpo de Henry mostra que ele morreu de hemorragia interna devido à laceração no fígado, causada por ação contundente. Ele também foi machucado na cabeça. Os peritos já sabem que as lesões não foram causadas por acidente doméstico .

Por que a babá não contou à polícia que Henry foi agredido?

A babá Thayná de Oliveira Ferreira avisou à mãe de Henry, Monique Medeiros, que o filho saiu mancando do quarto onde ficou trancado com Dr. Jairinho. O menino sentia dores na cabeça e na perna. A mãe de Thayná trabalha para família de Dr. Jairinho.

A avó da criança não percebeu que o neto passava por problemas?

A professora Rosângela Medeiros da Costa e Silva, avó materna de Henry, disse à polícia que Dr. Jairinho dava presentes e chocolates ao garoto. O menino passava de três a quatro noites por semana em sua casa, em Bangu.

Por que o advogado do casal acompanhou depoimentos de testemunhas?

A juíza Elizabeth Machado Louro, que decretou a prisão de Jairinho e Monique, considerou “insólito” o fato de o advogado dos acusados ter acompanhado os depoimentos da babá e da empregada do casal, que não são defendidas por ele.

Comentários do Facebook
Propaganda
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

CIDADES

PLANTÃO POLICIAL

POLÍTICA

ECONOMIA

MAIS LIDAS DA SEMANA