Investigação
Câmara de Goiânia institui CEI para investigar suspeita de irregularidades na Comurg
A portaria publicada no Diário Oficial estabelece prazo de 120 dias, prorrogáveis, para conclusão dos trabalhos
Uma portaria publicada pela Mesa Diretora da Câmara Municipal de Goiânia, no Diário Oficial do Município, institui a Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar suspeitas de irregularidades na gestão da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg). O pedido partiu de requerimento apresentado pelo vereador Ronilson Reis (PMB) e aprovado pelo Plenário.
Quatro blocos e um partido indicaram membros titulares da comissão: Thialu Guiotti (Avante) e Paulo Henrique da Farmácia (Agir), pelo Bloco Ordem; Ronilson Reis (PMB), pelo Bloco Goiânia Transparente; Pedro Azulão Jr. (PSB), pelo Bloco Independência; Welton Lemos (Podemos), pelo Bloco Vanguarda; e Henrique Alves, indicado pelo MDB. O sétimo integrante titular ainda será indicado.
Os parlamentares terão 120 dias, prorrogáveis por igual período, a partir da instalação da CEI, para investigar “irregularidades na administração e dívidas da Comurg com o Instituto Municipal de Assistência à Saúde (Imas), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e fornecedores”. Por 5 votos a 2, ficou definido pelos parlamentares que Ronilson Reis será o presidente e que Welton Lemos será o vice. O vereador Thialu Guiotti (Avante) será o relator da Comissão.
Para Ronilson, também propositor da CEI, o fato de a base possuir maioria até o momento, quatro dos seis membros, não inviabiliza os trabalhos, porque denúncias foram apresentadas e precisam ser investigadas.
Na semana passada, Romário Policarpo (Patriota), denunciou, em Plenário, pagamento antecipado de R$ 8 milhões feito pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Prefeitura à Comurg. De acordo com o presidente da Câmara, o contrato assinado entre SRI e Comurg, em junho de 2021, visava ao pagamento de emendas impositivas dos vereadores para realização de obras pela companhia. “Dois dias depois, a Prefeitura adiantou oito milhões [de reais] em nota fiscal dessas obras que deveriam ter sido feitas pela Comurg”, afirmou.
Líder do Prefeito na Casa, o vereador Anselmo Pereira (MDB) ressaltou a necessidade de avaliar se a transferência de recursos visou à celeridade das obras. “Você não faz uma praça sem realizar projeto previamente. Provavelmente eu entendo que seja isso, mas, mesmo assim, nós vamos levar isso ao conhecimento do presidente da Comurg, Alisson [Borges], e também ao nosso prefeito Rogério Cruz (Republicanos)”, afirmou.
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