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‘As pessoas vão gastar 30 minutos a menos de ônibus’

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Um pacote de obras de R$ 550 milhões vai melhorar a mobilidade e o trânsito no Distrito Federal com a implantação de um corredor exclusivo para ônibus de Ceilândia até o Eixo Monumental. Quem fala mais sobre a novidade é o secretário de Obras, Luciano Carvalho. Essas intervenções representam uma requalificação total da envelhecida Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), em uma operação por meio da qual será construído um viaduto no Sudoeste para destravar o tráfego na região.

Em entrevista à Agência Brasília, o titular da Secretaria de Obras faz um balanço das principais obras do governo para melhorar a fluidez no trânsito – trabalhos que vão gerar centenas de empregos. Ele fala sobre como essas reformas vão impulsionar o transporte público do DF, beneficiando motoristas e pedestres.

Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista.

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Como vai ser essa grande obra do Corredor Eixo Oeste lançada pelo governador na semana passada?

“A intervenção na Epig vai trazer um impacto muito positivo para quem mora na região ou transita ali todos os dias – moradores do Sudoeste, Cruzeiro, Plano Piloto, ou quem vai pegar o BRT em Ceilândia e Taguatinga para descer no Eixo Monumental”

Esse é um contrato de R$ 550 milhões, e o foco principal é a mobilidade urbana. Vamos fazer corredores exclusivos de ônibus, construir viadutos nos locais onde a gente tem hoje engarrafamentos enormes. Mas o foco principal é o transporte coletivo. Então, o corredor começa lá em Ceilândia, próximo ao Sol Nascente, passa pela avenida Hélio Prates e o centro de Taguatinga, chegando até a Epig [Estrada Parque Indústrias Gráficas] e pelo Setor Policial Sul [Via ESPM]. Será feita toda uma remodelação que vai beneficiar veículos e ônibus.
A implantação dessas pistas para ônibus é um ponto. Mas a Secretaria de Obras construirá ciclovias e o viaduto lá na Epig. Essa é uma obra de arte que vai fazer a ligação do Parque da Cidade com o Sudoeste, uma nova formatação para o trânsito que vai ajudar na fluidez dos veículos e também [ajudará] os motoristas que transitam diariamente por essas vias.

Dessa forma, o morador de Ceilândia que usa o transporte coletivo vai economizar tempo no deslocamento ao Plano Piloto?

A economia de tempo vai ser sentida, sem a menor dúvida, seja na ida ao trabalho, seja no retorno para casa. As pessoas vão gastar 30 minutos a menos de ônibus. O Corredor Eixo Oeste vai melhorar e muito a vida das pessoas.

Como será a reforma da Epig?

A obra foi dividida em dois momentos. Primeiro, a construção do viaduto, para a qual já foi assinada a ordem de serviço. E ainda temos a licitação, que foi publicada recentemente para a reformulação completa da Epig. Essa reforma tem a previsão de investimento de R$ 130 milhões, somados aos R$ 27 milhões do viaduto. Então, daí você tem uma ideia da expressão e da grandiosidade dessa obra.
O viaduto Engenheiro Luiz Carlos Botelho, nome em homenagem a um pioneiro, permitirá aos motoristas evitar aqueles cruzamentos que temos hoje com  muitos semáforos e retornos; dará fluidez ao trânsito. [É] uma solução viária inteligente.  Além disso, a via ganhará travessias de pedestre que terão qualidade e segurança,  ciclovias, calçadas, além da faixa exclusiva para o transporte coletivo e a instalação das estações do sistema BRT, que serão feitas futuramente pela Secretaria de Mobilidade.
A intervenção na Epig vai trazer um impacto muito positivo para quem mora na região ou transita ali todos os dias – moradores do Sudoeste, Cruzeiro, Plano Piloto, ou quem vai pegar o BRT em Ceilândia e Taguatinga para descer no Eixo Monumental.

Na W3 Sul, é possível perceber que muita coisa já mudou. Em que estágio se encontra a obra?

“Nós encontramos Vicente Pires em uma situação muito complicada, com obras atrasadas e sem uma sequência adequada para a boa execução. E a gente conseguiu, ao longo desses dois anos e meio de governo, trazer isso para uma realidade muito melhor”

A recuperação da W3 está sendo completa, desde a quadra 502 até a 516. Nesse contexto, nós temos quatro quadras prontas – 509, 510, 511 e 512 – e as outras 11, em obras, umas em estágio mais avançado, outras menos. É um investimento de aproximadamente R$ 20 milhões, em parceria com a Terracap. Trata-se de uma avenida que estava abandonada há anos.
Nossa previsão é finalizar tudo até dezembro e entregar para a população ainda neste ano. São obras de requalificação dessa icônica avenida: calçadas acessíveis, estacionamentos com a organização definida, novas calçadas, trazendo conforto e qualidade de vida para quem passa por ali, para quem trabalha e para o lazer. O objetivo é deixar uma W3 Sul realmente renovada para Brasília.
Dessa forma, teremos um aquecimento do comércio local, além de mais conforto e facilidades para os que moram ali na região.

E as obras de infraestrutura em Vicente Pires?

Nós encontramos Vicente Pires em uma situação muito complicada, com obras atrasadas e sem uma sequência adequada para a boa execução. E a gente conseguiu, ao longo desses dois anos e meio de governo, trazer isso para uma realidade muito melhor.
Os contratos e a sequência das obras foram reorganizados e avançaram muito. Tínhamos 11 contratos em vigor. Neles, 95% da execução já foi atingida. As ruas 3, 4, 5, 6, 8, 10 e 12 são algumas das que estão prontas, e a ponte até a Avenida da Misericórdia já está construída. Foi assinada recentemente uma ordem de serviço com mais R$ 36 milhões para a obra. Então, os investimentos não param. A meta é, até o final deste mandato, o governador Ibaneis entregar a cidade pronta para os moradores.

As obras do Sol Nascente já foram retomadas?

Sim. Nesse momento, a Secretaria de Obras já contratou a conclusão das obras do Trecho 2. Ainda no ano passado, foram fechados os projetos complementares para os trechos 1 e 3. Já recebemos esses projetos, e a nossa expectativa é, agora em julho, lançar a licitação desses dois trechos. Então, os investimentos voltam com força ao Sol Nascente, uma região administrativa que foi reconhecida como a maior favela horizontal do Brasil, mas que o Governo do Distrito Federal já conseguiu mudar bastante.

O que está sendo feito na avenida Hélio Prates e o que mais a população pode esperar para Taguatinga?

A Hélio Prates é uma avenida extremamente importante, um corredor que liga Ceilândia a Taguatinga, uma via que está muito desgastada e não tinha investimentos havia muitos anos. É um processo semelhante ao da W3 Sul. O governo vai levar acessibilidade, refazer os estacionamentos e trazer conforto e segurança para a população.
Neste momento, uma das três faixas da avenida já começa a ser recuperada – a via preferencial de ônibus. Ela será refeita, só que desta vez em pavimento rígido [concreto], trazendo uma durabilidade muito maior para a via, além de uma manutenção menos constante.
A recuperação vai ser de ponta a ponta, saindo do Sol Nascente e chegando até o Pistão Norte. Ou seja, atravessando Ceilândia inteira, além de Taguatinga inteira. Ademais, temos prevista a recuperação também da Samdu e da Avenida Comercial. Ainda estamos na parte de projetos, e depois se licitam as obras. Além de, é claro, o túnel que é uma obra grandiosa e que está em pleno andamento.

Em que estágio se encontra a construção do Túnel de Taguatinga? Ele também fará parte da estrutura do Corredor Eixo Oeste?

Com certeza, o túnel é uma das obras do Eixo Oeste que vão contribuir com essa mobilidade. No momento, alcançamos a marca de 35% dos serviços concluídos. Além da escavação e concretagem das lamelas (paredes), máquinas e operários estão trabalhando nas armaduras das vigas de sustentação. As próximas etapas são a instalação das lajes e das vigas.
Para cumprir nossa previsão de entrega no final do primeiro semestre de 2022, reforçamos o número de trabalhadores em campo e ampliamos o horário de trabalho. Desde abril deste ano, tem gente o dia todo na obra, entre 7h e 22h.

O GDF tem investido na construção de novos viadutos. Como estão essas obras?

É uma solução viária que ajuda você a trazer fluxo para o trânsito. Onde hoje você tem um semáforo, ou um cruzamento que não está beneficiado com um semáforo, vira um entroncamento rodoviário e, consequentemente, o engarrafamento.
A experiência dos que já ficaram prontos mostra que eles ajudam muito na melhoria do tráfego.
Veja o balão do Recanto das Emas, onde o engarrafamento é constante. O trânsito vai poder seguir sua fluidez normal com o novo viaduto. [Outro exemplo é] o Riacho Fundo, onde está prevista a construção [de um viaduto] em breve. Há aqueles que o DER [Departamento de Estradas de Rodagem do DF] está fazendo no Itapoã-Paranoá, em Sobradinho. São locais onde o trânsito hoje sofre com retenções em função de ser um cruzamento ou um entroncamento rodoviário.

Fonte: Governo DF

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