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Política

Arantes quer conceder Título de Cidadania a bispo sírio ativista pelos refugiados no Brasil

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O deputado Henrique Arantes (MDB) protocolou na Assembleia Legislativa o projeto de lei 8703/21, de sua autoria, que pretende conceder ao bispo ortodoxo d. Damaskinos Mansour, o Título de Cidadania Goiana. Na Comissão de Constituição, Justiça e Redação a proposta teve aprovado o relatório favorável da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) e está agora apto para ser apreciado pelo Plenário.

Damaskinos nasceu em Damasco, na Síria, em 1949, filho de Youssef Mansour. Seu nome civil é Samih Mansour e ele fez os estudos elementares na Escola São João Damasceno, em Damasco.  Viveu no Líbano de 1960 a 1975.

No período de 1970 a 1974, fez os estudos acadêmicos, alcançando licenciatura em Teologia pela Universidade de Balamand e licenciatura em Literatura Árabe pela Universidade Libanesa de Beirute. De 1976 a 1980, fez mestrado em Teologia pela Universidade de Tessalônica, na Grécia, obtendo também licenciatura em Liturgia e Arte Bizantina na mesma e Biblioteconomia pelo Instituto de Estudos Balcânicos.

Obteve licenciatura em Música Bizantina pela Escola Eclesiástica Superior de Tessalônica, na Grécia e, nesse período, foi diretor e professor na extensão da Escola Teológica da Universidade de Balamand, que funcionou temporariamente na Grécia. Foi ordenado Sacerdote na Igreja de Santa Sofia, na Grécia, em 1976 pelo Metropolita Panteleimon Rodopoulos, do Patriarcado Ecumênico.

Quando chegou ao Brasil, em 1992, acolheu toda a comunidade sírio-libanesa, sem discriminar entre cristãos e muçulmanos, trabalhando sob uma identidade árabe-oriental única, esforçando-se por fortalecer essa unidade tanto espiritual quanto patrioticamente. A comunidade árabe se reuniu a seu lado, pois pode ver nele um arcebispo que é pai para todos os cristãos, sejam orientais ou brasileiros, e amigo dos muçulmanos moderados.

Foi eleito em 2006 como membro do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas, junto ao qual atua pelo diálogo ecumênico e cooperação entre os cristãos e as várias igrejas, em nível mundial.

Com a vinda de grande número de cidadãos sírios ao Brasil, especialmente a São Paulo, acolhidos como refugiados, o arcebispo envida esforços para auxiliá-los, novamente liderando atividades que envolvem pessoas em particular e entidades da comunidade, para propiciar aos refugiados um amplo apoio, como aluguel de residência, escola para as crianças, assistência médica, encaminhamento para colocação profissional, aulas de idioma português, etc.

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