Política
Ex-prefeito de Senador Canedo, Divino Lemes, é alvo de operação do MPGO
Operação Insider, cumpre 29 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Senador Canedo, Anápolis, Águas Lindas e Palmas (TO). Foi determinado o bloqueio judicial de bens dos investigados, totalizando R$ 23.328.549,35
O ex-prefeito de Senador Canedo e pré-candidato nas eleições deste ano, Divino Lemes (PSDB), é alvo de uma operação do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) na manhã desta quarta-feira, 7 de agosto. Promotores cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do ex-prefeito.
Divino Lemes está sendo investigado por fraudes em licitações durante sua gestão no município.
A operação, denominada Insider, cumpre 29 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Senador Canedo, Anápolis, Águas Lindas e Palmas (TO). Foi determinado o bloqueio judicial de bens dos investigados, totalizando R$ 23.328.549,35.
Essa operação é um desdobramento da Operação Sócio Oculto, deflagrada em 2021, que identificou uma organização criminosa especializada em fraudar licitações e contratos administrativos. Os primeiros registros dos crimes ocorreram em Nerópolis entre 2015 e 2016, e depois em Senador Canedo entre 2017 e 2020.
As empresas envolvidas eram, em sua maioria, de fachada e registradas em nome de laranjas para cometer fraudes nos processos de licitação e até mesmo superfaturar obras. Promotores descobriram que os envolvidos indicavam servidores comissionados para cargos estratégicos em Senador Canedo.
As fraudes nas licitações ocorriam quando os envolvidos instruíam servidores sobre como elaborar os projetos e planilhas de orçamento. Em seguida, fraudavam o processo, participando com empresas controladas pelo grupo criminoso. Após vencerem o processo, a obra era repassada a um dos investigados, que tinha grande influência na administração municipal e executava o trabalho previsto na licitação.
O MP acredita que servidores públicos receberam vantagens dos investigados para facilitar a atuação da organização criminosa, utilizando lavagem de dinheiro para ocultar a origem ilícita dos valores. Os investigados são acusados de organização criminosa, frustração do caráter competitivo de licitação, contratação indireta indevida, falsidade ideológica e material, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro.
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