Política
Reeleito para seu 3º mandato, Charles Bento revela como acumula êxitos nas urnas e os planos para próxima Legislatura
Décimo deputado mais votado entre os reeleitos para a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Charles Bento (MDB) obteve 32.280 votos no último pleito, seguindo para seu terceiro mandato no Parlamento goiano. Empresário do ramo de formação de condutores de veículos, o legislador é natural de Goiânia, município em que deve concentrar as ações prioritárias de seu próximo mandato, como a ampliação do número de unidades do Restaurante Cidadão e das feiras cobertas para os setores periféricos.
Charles Bento é autor do projeto de lei que obriga a instalação de dispositivos de identificação biométrica em estádios goianos com capacidade superior a 10 mil torcedores. A medida foi sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (UB) em janeiro de 2019. Para a próxima Legislatura, Charles pretende, ainda, apresentar o projeto de lei que contemple as pessoas com deficiência na aquisição de veículos e outro que obriga as construtoras a instalarem, em novos edifícios, pelo menos um elevador com capacidade para transportar as macas dos serviços de atendimento móvel de urgência.
À Agência de Notícias da Alego, o parlamentar fez uma avaliação de seu desempenho nas urnas, que tem evoluído a cada pleito, e falou sobre como pretende retribuir a confiança dos eleitores da Capital.
É sua quinta vitória em pleitos eleitorais, você não perde eleição, não é, Charles?
Perdi uma em 2010, mesmo assim tive quase 16 mil votos, fui bem votado, e elegemos meu chefe de gabinete para vereador em Goiânia, o nono com mais votos. No total, disputamos 7 eleições e fomos vitoriosos em 6, sinal de um trabalho bem realizado.
Em 2020, você deu um salto extraordinário. Na sua primeira eleição, registrou pouco mais de 19.000 votos e agora obteve 32.280 votos. Qual o segredo para esse grande resultado?
Antes, eu direcionava muito minha atuação para Goiânia por ter sido vereador por dois mandatos aqui e porque eu não tinha emenda parlamentar, não podendo fazer muito pelo interior do estado. Depois que passamos a ter a emenda impositiva, a partir de 2019, eu pude contribuir mais e passei a fazer visitas, conhecer os prefeitos e os vereadores. Tanto é que, nas últimas três eleições, minha média de votos no interior era de 6.000 e nessa agora tivemos quase 16.000. Os votos foram concentrados em 50 municípios, mas fui votado em 222 dos 246 municípios goianos.
Sua carreira política toda foi construída dentro do PRTB e, na última eleição, você concorreu pelo MDB, onde precisava obter mais votos para se eleger em razão do coeficiente eleitoral. Como foi esse desafio?
Eu tinha dois desafios: colocar na cabeça dos meus eleitores meu novo número, 15.600 e aumentar a quantidade de votos. Anteriormente, tanto nas eleições para vereador quanto para deputado estadual meu número era 28.600 e isso foi bem difícil de trabalhar, principalmente aqui em Goiânia, e posso ter perdido muitos votos em virtude disso.
Em termos de propostas legislativas, o que você tem em mente para o próximo mandato?
Nas campanhas, o pessoal me perguntava o que eu podia fazer por eles e sempre prometi muito trabalho, lutar pelo município que eu represento, além de atender as demandas de prefeitos e vereadores. Contudo, para Goiânia, fiz algumas promessas que vou me empenhar muito para cumprir. Algumas dependem mais de mim mesmo, das minhas emendas, mas para outras eu vou precisar muito do governador Ronaldo Caiado. A primeira delas é colocar, em pontos estratégicos da Capital, um Restaurante Cidadão no modelo do que funciona na Avenida Goiás. A infraestrutura pode ser garantida com os recursos das minhas emendas, mas a manutenção do serviço vai depender da contrapartida do Poder Executivo. O outro desafio é levar as feiras cobertas, como o Cepal, para as regiões mais periféricas, sendo que esses espaços poderão ser usados para eventos da comunidade. Não vai ser fácil, vamos ter que enfrentar um baque na arrecadação de ICMS na ordem de R$ 5 bilhões por ano, mas tenho certeza que o governador vai conseguir sair disso.
Fonte: Assembleia Legislativa de GO
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