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Caso Henry: Jairinho nega agressões e diz que ex prometeu se vingar após término

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Imagens mostram a chegada da família ao apartamento momentos antes da morte de Henry
Reprodução

Imagens mostram a chegada da família ao apartamento momentos antes da morte de Henry



O advogado André França Barreto, que representa o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho , enviou uma petição ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), que investiga a morte de seu enteado, Henry Borel Medeiros, sobre uma das testemunhas do inquérito. O documento alega que a ex-namorada do parlamentar que relatou agressões a ela e a sua filha, de 3 anos à época, mentiu e o caluniou por ter sido abandonada por ele no altar.

De acordo com a petição, a moça chegou a tatuar o nome do vereador em seu braço. O término do relacionamento teria gerado uma situação “extremamente humilhante”, causando ódio e promessa de vingança. O advogado diz que, na ocasião da abertura da investigação pela morte de Henry , com Jairinho estando “em evidência”, o “momento se mostrou oportuno” para ela “desferir mentiras”.

O documento ainda ressalta que, em vez de procurar diretamente a delegacia, a ex-namorada buscou pelo  engenheiro Leniel Borel de Almeida, pai de Henry – o que, para o advogado, evidencia a perseguição do rapaz em produzir provas contra Jairinho e sua ex-mulher, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, inclusive contaminando testemunhas.

Para o advogado Leonardo Barreto, que defende Leniel , “como pai de um menino de 4 anos morto dessa maneira, ele não tem impedimento legal algum de buscar provas a fim de ajudar nas investigações e para que se chegue à verdade”.

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Segundo o depoimento prestado pela ex-namorada , sua filha ficava nervosa, chorava e até vomitava ao ver Jairinho. A menina chegou a contar para a avó materna que também  apanhava do parlamentar e que teve a cabeça afundada por ele embaixo da água de uma piscina. Um inquérito foi aberto na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) para apurar o caso.

Ela diz ter conhecido Jairinho em 2010, na festa de comemoração pela eleição de seu pai, o policial militar e deputado estadual Jairo de Souza Santos, o Coronel Jairo (MDB) , e logo depois eles teriam ficado noivos. Na ocasião, o vereador era oficialmente casado com a dentista Ana Carolina Ferreira Netto, mãe de dois de seus três filhos – fato que era negado pelo político e seus familiares, segundo ela.

A mulher contou que, em determinado momento, sua filha não mais queria ficar em sua companhia quando ela estava com Jairinho. A menina chorava e pedia para dormir com a avó materna . Em depoimento prestado durante a investigação que apura a morte de Henry, a professora Rosângela Medeiros da Costa e Silva, mãe de Monique, disse que passou a dormir com o neto de três a quatro vezes por semana depois que a filha foi morar com Jairinho , no condomínio Majestic, na Barra da Tijuca.

A testemunha disse ainda que, em uma ocasião em que viajou com Jairinho e a filha, ele lhe ofereceu remédios para dormir, tendo a moça colocado o comprimido embaixo do travesseiro. Ao chegar na sala do apartamento, em Mangaratiba, disse ter encontrado o vereador segurando pelos braços a criança, que estava assustada. Ela relatou também um episódio em que, depois de uma discussão, decidiu voltar para a casa a pé. Inconformado, o vereador foi de carro atrás das duas, abriu a porta e mandou que entrassem. Diante da recusa, ele teria pegado a criança pela cintura e a colocado bruscamente no veículo.

Conversa com governador

Cláudio Castro, governador em exercício do Rio de Janeiro
Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro

Cláudio Castro, governador em exercício do Rio de Janeiro

Segundo informações do blog do jornalista Lauro Jardim, Jairinho teria ligado para o governador do Rio, Cláudio Castro , poucas horas após a morte do menino para contar sua versão dos fatos, a mesma relatada por ele à polícia, e perguntar o que seria feito pela autoridades.

Ainda de acordo com a publicação, que ouviu o relato de como a conversa se deu por meio de interlocutores do governador, Castro teria dito que o caso ficaria nas mãos da Polícia Civil e que ele “não se meteria no assunto”. Desde então, Jairinho já teria procurado outras autoridades, como policiais e secretários de estado, para tratar sobre as investigações.

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