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Ernesto Araújo defende Itamaraty e acusa Lula de “hostilizar EUA e Europa”
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![Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/1e/bf/o3/1ebfo3tovhorwsd602dky60fc.jpg)
Horas depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticar, em discurso, a condução da política externa no governo Bolsonaro, o chanceler Ernesto Araújo fez uma uma série de ataques à atuação do Itamaraty no governo do petista (2003-2010). Segundo ele, “na Era Lula” a diplomacia brasileira “hostilizou os EUA e a Europa” e “fechou a América do Sul para criar um bloco coeso de corrupção, terrorismo e crime”.
“Só para recordar como era a política externa da Era Lula : hostilizar os EUA e a Europa, ignorar o Japão, discriminar Israel, desvincular o Brasil dos países desenvolvidos e das democracias, fechar a América do Sul para criar um bloco coeso de corrupção, terrorismo e crime”, escreveu Araújo, em uma sequência de quatro publicações no Twitter, na noite desta quarta.
No caso dos EUA, Lula realizou 12 visitas oficiais àquele país, além de um encontro com o então presidente George W. Bush semanas depois de sua vitória nas urnas, em 2002. Também se encontrou em pelo menos duas ocasiões com seu sucessor, Barack Obama, em Washington e em Nova York, às margens da Assembleia Geral da ONU .
Na fala desta quarta, o ex-presidente defendeu a posição de se aliar com países de fora do eixo EUA-Europa, citando a criação dos BRICS e a Unasul, e fez críticas ao alinhamento automático com Washington.
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“Quando é que nós vamos tomar conta do nosso nariz? Quando é que eu vou acordar de manhã sem ter que pedir licença pra respirar para o governo americano ?”, declarou. “O Brasil tinha um projeto de soberania”.
No caso europeu, além do alinhamento político do Brasil, durante o governo Lula , com lideranças do continente, como o presidente Nicolás Sarkozy e o premier espanhol José Luis Zapatero — citado pelo petista em seus agradecimentos nesta quarta —, foram assinados acordos cruciais de defesa, como no caso do projeto do submarino nuclear, com a França.
Além de dizer que a diplomacia Lula “discriminou Israel”, Araújo afirmou que o governo petista “confraternizou com antissemitas”. Apesar das posições pró-Palestina e eventuais críticas à atuação de Israel, Lula foi o primeiro presidente brasileiro a visitar o Estado de Israel. Durante a visita de Jair Bolsonaro ao país, em 2019, ele foi lembrado por jornalistas que Lula foi à Palestina em sua passagem e questionado sobre os motivos de o atual chefe de Estado não fazê-lo, o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, afirmou que “não dá para comparar coisas heterogêneas”.
‘Lulólatras’
![Lula realiza discurso no Sindicato dos Metalúrgicos do ACB Lula realiza discurso no Sindicato dos Metalúrgicos do ACB](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/as/01/b2/as01b2w533pjygyj5x5murno1.jpg)
Em seu discurso em São Bernardo do Campo pela manhã, Lula usou boa parte do tempo para falar de Política Externa. Logo na abertura, fez uma série de agradecimentos a lideranças internacionais, como o presidente da Argentina, Alberto Fernández , e o senador americano Bernie Sanders. Ali, recuperou uma das linhas centrais de sua diplomacia, a expansão do papel do Brasil no mundo e a busca por protagonismo, fazendo um contraponto às posições de Araújo.
“O Brasil era o país que tinha mais felicidade, que era respeitado pela China, pela Rússia, pela Índia, pelos EUA, tínhamos um projeto de nação. Será que o Bolsonaro não viu nada do que a gente fez?”, afirmou Lula .
Na resposta, Araújo menciona temas recorrentes em suas falas, como a “defesa da agenda anti-vida e anti-família” na ONU, em governos anteriores, ataca a ligação dos governos petistas com a Venezuela de Hugo Chávez e aponta o aumento dos laços entre o Brasil e a China de “submissão”.
Ao concluir, o chanceler ataca seus críticos, usando termo “lulólatras”: “dobrem a língua antes de falarem da nossa política externa que luta e trabalha pela liberdade, identidade, segurança, desenvolvimento, soberania e grandeza da nação brasileira. Aqui não é Lulaland, aqui é Brasil”.
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