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HRSM: cai número de partos durante a pandemia

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Para impedir a transmissão do vírus, a equipe do HRSM adotou protocolos semelhantes aos acatados por hospitais em outros países, como reduzir o número de profissionais de saúde dentro da sala de parto | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF

Os novos desafios impostos pela pandemia do coronavírus causaram impacto no número de bebês nascidos no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Entre março de 2020, quando começou a pandemia no DF, e fevereiro deste ano nasceram na maternidade do HSRM 3.904 bebês, 331 crianças a menos do que no mesmo período de 2019, quando 4.235 nascimentos foram registrados no local.

331bebês nasceram a mais no HRSM entre março de 2019 e fevereiro de 2020

O ritmo de trabalho na maternidade do hospital foi alterado devido aos cuidados preventivos para garantir a segurança das pacientes, de seus acompanhantes e dos profissionais. Para impedir a transmissão do vírus, o Hospital de Santa Maria adotou protocolos semelhantes aos que foram acatados por unidades de saúde em outros países.

Entre as medidas está a restrição na troca de acompanhantes. Antes da crise sanitária, a pessoa que fazia companhia à paciente poderia ser substituída diversas vezes. “Com a pandemia, para proteger tanto a mãe quanto a nossa equipe, é permitido um acompanhante a cada 12 horas”, explica a chefe da Neonatologia do HRSM, Cíntia Sant’Ana Cardoso.

Outra mudança: o limite de profissionais de saúde dentro da sala de parto foi reduzido para cinco, sendo um obstetra, um enfermeiro, um técnico de enfermagem, um pediatra e um interno de medicina. Antes da covid-19, era permitida a presença de mais de um interno.

Além disso, as visitas no pós-parto foram suspensas. “Infelizmente, tivemos que fazer isso para diminuir a quantidade de pessoas circulando no hospital e, com isso, prevenir a contaminação da covid-19”, justifica Cíntia Sant’Ana. A fiscalização sobre o uso de máscara também é rigorosa. “Algumas mães, às vezes, se esquecem de usar máscara, então precisamos ficar o tempo inteiro vigiando e alertando”, ressalta Cíntia.

Adriane se sentiu aliviada e aprovou os novos procedimentos | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF

Aprovação dos cuidados

Adriane Messias, de 26 anos, percebeu a diferença nos cuidados preventivos ao se internar no Hospital de Santa Maria pela segunda vez. A primeira foi há seis anos, quando teve Daniel. Em 9 de janeiro deste ano, ela teve Isis Sofia, que nasceu com 2,9 quilos e 49 centímetros.

Ainda na gravidez da caçula, Adriane temia os perigos da infecção. “No começo, é bem difícil, porque, além das preocupações naturais de mãe, temos receio da contaminação e de passar alguma coisa para o bebê.” Já internada, estranhou a mudança nos cuidados preventivos. “Não pude receber visitas, tive que higienizar as mãos a todo o momento e usar máscara.”

Para ela, a sensação foi de que estava tendo filho pela primeira vez. “Mesmo já sabendo os procedimentos de um parto, me senti insegura, fazendo algo totalmente novo, devido aos cuidados recentes”, relata. Mas depois ficou aliviada e aprovou os novos procedimentos.

Parto humanizado

O cuidado com as mães internadas no Centro Obstétrico do Hospital de Santa Maria oferece segurança às mulheres mesmo em um período tão difícil como o da pandemia. Foi o que Maria Eduarda Sarmento, 20 anos, sentiu no nascimento de Bryan, seu primeiro filho, em 12 de fevereiro deste ano. “Recebi tanto carinho e atenção da equipe, que não duvidei de que tudo daria certo”, afirma.

As medidas impostas pela crise sanitária não foram contestadas pela jovem mãe. “Achei melhor assim: com a redução das trocas de acompanhantes e sem visitas, para evitar qualquer tipo de contaminação”, atesta. “O hospital sempre limpo, higienizado e com a exigência de máscara também me passaram mais confiança.”

É exatamente essa sensação de segurança que os profissionais de saúde do HRSM querem garantir às pacientes, segundo a enfermeira obstetra Camila Schenato. “Independentemente da pandemia, temos que nos esforçar para saber a particularidade e a necessidade de cada uma”, aponta. “Precisamos sempre ser empáticos e ter esse cuidado, como se a paciente fosse alguém da nossa família.”

Poucos casos de contaminação

Desde o início da pandemia até fevereiro deste ano, apenas oito mulheres internadas no Centro Obstétrico do Hospital de Santa Maria testaram positivo para a covid-19. Segundo a chefe da Neonatologia, esse baixo número deve-se ao fato de que o HRSM é uma unidade especializada no atendimento a gestantes de alto risco.

Assim, quando detectam grávidas com coronavírus, elas não permanecem em Santa Maria para que as outras pacientes não venham a ser contaminadas. “Sempre que possível, as pacientes contaminadas são encaminhadas para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran)”, esclarece Cíntia Sant’Ana.

Se a mãe testar positivo para o coronavírus e não puder ser transferida, é isolada em um dos quartos do HRSM até a realização do parto. Em caso de internação após o nascimento, mãe e filho ficam a, pelo menos, 2 metros de distância. “É um artifício para que a mãe sempre precise se levantar para ter qualquer contato com a criança. Isso a ajuda a se lembrar de estar de máscara e de higienizar as mãos se for amamentar, por exemplo”, explica Cíntia. A paciente fica separada das outras até se curar da covid-19.

“Sempre que possível, as pacientes contaminadas são encaminhadas para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran)”Cíntia Sant’Ana, chefe da Neonatologia do HRSM

Infraestrutura do Hospital de Santa Maria

Administrado pelo Iges-DF, o Hospital de Santa Maria oferece, por meio da Neonatologia, cuidados com o bebê até 28 dias do seu nascimento. Na unidade, os partos são feitos no Centro Obstétrico. “Depois de completar os 28 dias, o bebê já pode ser atendido na pediatria”, explica a chefe da Neonatologia, Cintia Sant’Ana.

Se tudo correr bem no parto, mãe e bebê são encaminhados para a maternidade e recebem alta após 48 horas. Caso precisem de internação, eles seguem para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou para a Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin), dependendo de cada necessidade.

Em ambos os espaços, a mulher fica internada em um alojamento próximo, garantido pelo programa Mãe Nutriz, ou direto com o filho, método chamado de Mãe Canguru. “No primeiro caso, ela dorme em um quarto ao lado do bebê, para sempre estar por perto. No outro, eles dormem juntos. Cada caso exige um método específico, porém ambos trazem benefícios para essa fase da maternidade”, explica a médica.

*Com informações do Iges-DF

Fonte: Governo DF

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