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Universidades federais gaúchas ampliam capacidade de testagem do coronavírus

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Universidades federais gaúchas fizeram parcerias neste ano que permitiram ampliar em laboratórios e hospitais a capacidade de testagem de amostras suspeitas de conter o coronavírus. No caso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, até o início deste mês, o Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS) somava quase 35 mil testes tipo RT-PCR para a prefeitura e para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do estado, com os quais a instituição firmou convênios.

A ampliação da capacidade de testagem do material em quase dez vezes foi possível a partir da doação de um extrator automático de RNA (ácido ribonucleico, o material genético do vírus) feito pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) à universidade gaúcha. O processo ocorre com alta precisão e evita a contaminação das pessoas que estiverem manipulando o RNA do vírus e das amostras entre si.

“As pessoas nos agradecem por estarmos prestando esse serviço à sociedade. O equipamento ajudou a ampliar a capacidade de testagem na cidade de Porto Alegre. E todos os envolvidos — professores, alunos de graduação e pós-graduação, servidores — estão aprendendo e aperfeiçoando as técnicas de trabalho”, destacou a diretora do ICBS, Ilma Brum da Silva.

Para a Fundação Universidade do Rio Grande (FURG), no sul do estado, o extrator de RNA doado pelo Banrisul ao Hospital Universitário, que é 100% Sistema Único de Saúde (SUS), permitiu dobrar a capacidade diária de exames. Com o novo equipamento, são processadas 32 amostras em um ciclo de 30 minutos. Antes, com o extrator manual, o mesmo volume de amostras levava em torno de duas horas. “É mais segurança para quem opera e mais agilidade no processamento dos testes”, resumiu o gerente de Atenção à Saúde do Hospital Universitário da FURG, Fábio Lopes.

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Apoio para amenizar os efeitos da Covid-19

As doações dos equipamentos pelo banco fazem parte de um plano de aquisição de bens e serviços de até R$ 10 milhões, com o objetivo de amenizar os efeitos da doença no Rio Grande do Sul. “Por meio desse apoio financeiro, a instituição oportuniza o fortalecimento da pesquisa e inovação, que visa a diagnosticar, conter e combater o vírus da forma mais rápida possível”, afirmou o presidente do Banrisul, Cláudio Coutinho.

Vice-reitora da UFRGS, a professora e pesquisadora Patrícia Pranke destacou a importância da parceria entre as duas instituições, que oportuniza ao ICBS fazer um trabalho estratégico no enfrentamento da Covid-19. “Parcerias como essa aproximam ainda mais nossas instituições, reafirmando os compromissos sociais tanto do Banrisul como da UFRGS. O equipamento promove mais agilidade e eficiência no diagnóstico do coronavírus. No futuro, continuará tendo um importante papel no desenvolvimento de outras pesquisas”, completou.

De acordo com o vice-reitor da FURG, Danilo Giroldo, o serviço de testagem para Covid-19 no Hospital Universitário foi resultado de um grande esforço institucional, não apenas do ponto de vista de infraestrutura, mas pelo empenho dos profissionais comprometidos com a função social do Hospital Universitário. “Estamos contentes com o reconhecimento do governo do estado e do Banrisul ao oferecer um equipamento que amplia a capacidade de prestação desse serviço à população”, salientou.

Apoio à pesquisa na UFPel

O Banrisul também apoiou a continuidade da Pesquisa Epidemiológica de Prevalência do Coronavírus no Rio Grande do Sul (EPICOVID-19), doando R$ 560 mil para a execução da sétima e oitava etapas do levantamento — ocorridas em agosto e setembro. Com coordenação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e do Instituto de Pesquisas de Opinião (IPO), o projeto busca monitorar a velocidade de expansão da doença, direcionando políticas e ações públicas e privadas no controle da Covid-19. O trabalho mobiliza 13 universidades gaúchas.

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A cada etapa foram 4,5 mil entrevistados nos municípios de Caxias do Sul, Ijuí, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Uruguaiana. De acordo com a UFPel, entre a primeira e a oitava etapas foram entrevistadas 35.689 pessoas. Atualmente, a instituição trabalha na captação de recursos para o desenvolvimento da nona e da décima fases da EPICOVID-19.

Responsabilidade com os colaboradores

Para além das doações a universidades, o Banrisul promoveu ações para ampliar a segurança dos funcionários durante a crise. O banco firmou parceria técnica com o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, para implementar medidas de prevenção à Covid-19 nas áreas de trabalho. De acordo com o presidente Cláudio Coutinho, a iniciativa deu respaldo ao Banco para manter as agências abertas. “Somos um serviço essencial e não podemos fechar, pois temos clientes idosos e vulneráveis que não têm facilidade com aplicativos ou acesso aos meios digitais”, apontou.

Segundo Coutinho, o apoio técnico especializado da consultoria do Hospital Moinhos de Vento é primordial neste momento de adversidade. “A diretriz traçada pelo Banco é de fornecer toda a segurança possível aos seus colaboradores e orientá-los sobre os cuidados de prevenção da saúde”, ressaltou. Os funcionários recebem constantemente instruções das medidas de proteção e autocuidado. Também foram estabelecidos protocolos médicos em casos de empregados com sintomas sugestivos de Covid-19, com atendimento por telemedicina — incluindo avaliação médica, orientação e monitoramento.

Fonte: Brasil.gov

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