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Teste de sangue tem 97% de precisão no diagnóstico de Alzheimer

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Estudos recentes tornaram o diagnóstico precoce do Alzheimer uma realidade mais próxima, permitindo identificar a doença antes mesmo de seus sintomas se manifestarem, graças a uma inovadora abordagem apresentada por neuroquímicos suecos. O estudo, publicado na revista científica JAMA Neural, destaca um método de análise de sangue capaz de identificar a proteína p-tau, associada ao Alzheimer, com uma precisão inédita.

 

A acumulação de proteína p-tau no cérebro é considerada um fator chave no desenvolvimento do Alzheimer, causando aglomerações que levam a inflamações cerebrais e, eventualmente, aos sintomas da doença. Estudos sugerem que essas proteínas podem começar a se acumular até 20 anos antes dos sintomas se tornarem evidentes.

 

O novo teste desenvolvido pelos pesquisadores suecos permite identificar a p-tau217 no sangue, fornecendo informações cruciais sem a necessidade de procedimentos mais complexos e onerosos, como tomografias cerebrais ou punções lombares, comumente utilizados nos diagnósticos atuais.

 

O teste se destaca por sua precisão, comparável ou até superior a exames mais complexos. Até então, os testes de sangue para Alzheimer eram apenas indicativos e não eram usados para diagnóstico devido à sua imprecisão. Já os exames mais definitivos eram recomendados apenas em casos de histórico familiar da doença ou após o início dos sintomas.

 

O estudo, realizado pela Universidade de Gotemburgo, testou o novo método em 786 voluntários, alguns com declínio cognitivo e outros sem. Os resultados foram comparados com tomografias e punções lombares. Em 80% dos casos, o teste de sangue foi capaz de fornecer um diagnóstico definitivo.

 

Quando identificou a condição sem a necessidade de testes adicionais, o teste sanguíneo alcançou 96% de precisão na detecção de proteínas beta-amilóides (também presentes em pacientes com Alzheimer) e 97% na detecção da proteína tau.

 

Os pesquisadores agora vislumbram um futuro em que testes de sangue para detectar doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, se tornem rotineiros em check-ups para adultos com mais de 50 anos. 

 

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