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Holocausto nunca mais!

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O Dia Internacional em Memória do Holocausto foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), para ser lembrado em 27 de janeiro, como um marco da libertação dos judeus dos campos de concentração de Auschwitz, na Polônia, em 1945, pelo exército soviético.

Presidente da Associação Israelita de Goiânia Judá Sefarad, o líder espiritual Yoetz Serafim ben Avraham, formado no curso de rabinato Yieshivah Habbi Yehoshua Rodrigues Innovative Semikha Program (Torah Veahava), diz que a resolução nº 60/07 da ONU, em 2005, foi um divisor de águas no que diz respeito ao trato da humanidade, e não somente em relação aos judeus, criminalizando o genocídio no mundo.

O líder religioso, ao fazer referência à conjuntura histórica, explica que, desde a Idade Média, o antissemitismo surgiu sob pretextos religiosos. “Foi um período considerado como o ápice da falta de amor e consideração para com outras vidas. Os seres humanos eram tratados como objetos, cujas vidas não tinham importância.”

Marco importante

Na mesma linha de pensamento, o deputado Virmondes Cruvinel (Cidadania) afirma que a data em memória do Holocausto é um importante marco para que as pessoas estejam conscientes e vigilantes da importância do respeito para com o próximo, pois qualquer tipo de segregação pode levar a consequências drásticas.

“A resolução da ONU, condenando a negação e a distorção do Holocausto, é outra ação relevante da organização, bem como os apelos a companhias de mídia social a fim de que tomem medidas de forma ativa para combater o antissemitismo e a negação ou distorção do Holocausto”, sublinha Virmondes.

Quando ocorreu o Holocausto, a Europa vivia um período de antissemitismo, instalado pelo líder Adolf Hitler, através do seu poder dentro do estado alemão, e com a participação de outras instituições antissemitas. Serafim ben Avraham afirma que a meta era exterminar os judeus, com a desculpa de trazer um estado duro que deveria ser formado por pessoas arianas.

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“E ainda usavam o argumento de que os judeus haviam perseguido a Jesus, também judeu. O povo foi manipulado. O propósito era político, arquitetado com o intuito de exterminar os judeus nos campos de concentração”, diz o líder religioso. 

Outro ponto importante abordado pelo presidente da associação israelita foi a recente decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas, de proibir o negacionismo quanto ao ocorrido durante o Holocausto. Avraham explica que, por consenso, a ONU adotou uma resolução em que condena a negação e a distorção do Holocausto.

“Achei uma medida muito importante por parte da ONU ao declinar a esse respeito, já que não se refere apenas aos judeus durante o Holocausto, quando foram mortas cerca de 6 milhões de mulheres, homens, crianças e idosos”, ressalta Avraham.

Combate ao antissemitismo

Conforme resolução aprovada uma semana antes do Dia Internacional em Memória do Holocausto, em 21 de janeiro, os estados-membros expressam preocupação com “a crescente prevalência da negação ou distorção do Holocausto no uso de tecnologias de informação e comunicação”. O texto foi aprovado no dia em que se completam 80 anos da Conferência de Wannsee. As informações são da Agência ONU de Notícias. 

O texto apela às companhias de mídia social para que tomem medidas de forma ativa para combater o antissemitismo e a negação ou distorção do Holocausto. Além disso, pede aos estados-membros o desenvolvimento de programas para educar as gerações futuras. O documento também exorta os países a que rejeitem “sem reservas qualquer negação ou distorção do Holocausto como um evento histórico, total ou parcialmente, ou quaisquer atividades para esse fim”. 

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A resolução destaca que o evento histórico será para sempre um aviso a todas as pessoas sobre os perigos do ódio, intolerância, racismo e preconceito, conforme anotou o secretário-geral, António Guterres, em reportagem da Agência ONU. Ele sublinhou que “nunca se pode baixar a guarda diante das crescentes tentativas de negação, distorção ou minimização do Holocausto”.

Campos de extermínio  

As informações a seguir foram compiladas do portal da Deutsche Welle Brasil, empresa pública de radiodifusão da Alemanha. Entre 1941 e 1945, os nazistas estabeleceram seis campos de extermínio no território polonês, na ocasião, sob completo domínio alemão: Chelmno, Belzec, Sobibor, Treblinka, Auschwitz-Birkenau (parte do complexo de Auschwitz, sétimo, pior e maior dos campos de concentração) e Majdanek.

Os campos de extermínio implantados durante o regime nazista alemão foram operacionalizados na Conferência de Wannsee, em janeiro de 1942. O encontro reuniu membros do alto escalão nazista, a fim de discutir e coordenar o ato contra judeus. 

Auschwitz foi escolhida em função da sua localização estratégica, em um cruzamento ferroviário no leste polonês. As linhas ferroviárias do sul, de Praga e Viena, cruzavam com as de Berlim, Varsóvia e das áreas industriais do norte da Silésia.

Para a equipe de planejamento da SS (organização paramilitar ligada ao Partido Nazista e a Adolf Hitler) e do Escritório de Segurança do Reich, de Berlim, o local oferecia todas as condições para os transportes de massa planejados do “antigo Reich”. 

O local, contava com alojamentos, utilizados anteriormente, por operários e imigrantes. Os prédios formariam a base do campo de concentração nazista de Auschwitz, voltado ao extermínio dos semitas.

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