Goiás

HGG adere à campanha que alerta sobre riscos do câncer colorretal

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O Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) adere à campanha nacional que alerta sobre riscos do câncer colorretal, o Março Azul, promovida pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), da qual é credenciado desde dezembro de 2020. A campanha reforça, no dia 27 de março, Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino, a importância de chamar a atenção da população para estar atenta aos sintomas e ao tratamento precoce da doença.

Segundo a médica endoscopista do hospital do Governo de Goiás, Daniela Milhomem, esse tipo câncer abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. Por isso, também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

“O HGG oferece atendimento de pacientes através do serviço de endoscopia, gastroenterologia e coloproctologia, realizando exames de colonoscopia e diagnóstico de câncer em suas mais variadas formas, e nossa equipe de coloproctologistas que conduz os tratamentos cirúrgicos nesses pacientes, conforme o estágio da doença”, destaca.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2020, indicam que o câncer colorretal foi o segundo mais comum entre os homens e mulheres e o terceiro em mortalidade no Brasil. A médica alerta para redução dos atendimentos preventivos devido à pandemia.

“Isso não aconteceu só no Brasil, o número de colonoscopias e exames preventivos de câncer colorretal caíram drasticamente. Com isso, os órgãos regulamentadores de prevenção de câncer do mundo todo estão se preparando para atender essa demanda reprimida de pacientes que tiveram, e ainda terão, um atraso no diagnóstico, inclusive deixando de ser precoce para fases mais tardias”, afirma Daniela.

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O Inca estima o surgimento de 40.990 novos casos por ano, para o triênio 2020/2022, dos quais 20.520 em homens e 20.470 em mulheres. Os números correspondem a um risco estimado de 19,64 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 a cada 100 mil mulheres.

Fatores de risco

Embora possa acometer pessoas de todas as idades, o risco para o tumor colorretal aumenta com o passar dos anos, sendo mais comum em pessoas com mais de 50 anos. “As projeções que existem dos órgãos internacionais que cuidam do planejamento de tratamento de câncer, como o Global Cancer Observatory (GCO), é que a incidência de câncer colorretal seja crescente numericamente, pelo menos até meados de 2040, porque a população segue aumentando e vai envelhecer”, ressalta Daniela.

Outros fatores favorecem esse tipo de câncer, como a obesidade, alimentação desregrada, rica em alimentos processados, pobre em frutas e vegetais e com consumo exagerado de carne vermelha. A médica alerta que o câncer colorretal apresenta poucos sintomas, principalmente nos estágios iniciais e que podem facilmente ser confundidos com outros desconfortos intestinais.

“Mas devemos estar alertas quando surgem alguns sinais, como sangramento nas fezes, perda de peso inexplicável, mudanças no hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal persistente, diarreia e prisão de ventre e/ou alternância entre eles, anemia sem causa esclarecida, alteração no formato das fezes, massa ou tumor que podemos palpar na barriga ou no ânus” explica.

Diagnóstico e tratamento

Daniela reforça que dentre todos os tipos de câncer do aparelho digestivo, e dos cânceres de maneira geral, o de colorretal é um dos poucos que realmente pode ser prevenido e tratado. “Se identificado no início, as chances de cura são altas, e nos casos de pólipo é possível evitar que eles progridam para um tumor. Para isso, existem os exames de rastreio, que são a busca por sangue oculto nas fezes, retossigmoidoscopia (exame endoscópico de imagem realizado através da observação direta do interior do canal anal e reto) e colonoscopia.

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“A colonoscopia é o principal exame para esse tipo de câncer, uma vez que nos permite, ao mesmo tempo, a visualização direta da parede do intestino e a remoção e/ou biópsias de pólipos e lesões suspeitas. Devido à pandemia, o HGG teve uma queda de 70% na realização desse tipo de exame em 2020”, pontua.

O principal tratamento para o câncer colorretal é a cirurgia, que é realizada no HGG pela equipe de coloproctologistas, porém, dependendo do tipo de tumor e estágio da doença, elas podem ser associadas à quimioterapia e a radioterapia, que é um tratamento realizado em outras unidades de saúde.

A médica destaca, por fim, a importância da campanha que alerta sobre riscos do câncer colorretal. “A campanha da Sobed este ano é virtual, mas temos envolvido vários influenciadores e outras sociedades médicas para conscientizar a população, principalmente com mais de 50 anos, dessa necessidade de buscar atendimento médico especializado e não deixar que a pandemia postergue atendimentos que não podem ficar para depois”, destaca.

Foto: Thalita Braga

Fonte: SES – Governo de Goiás

Fonte: Governo GO

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