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Política

Sob cordenação de Coronel Adailton, Alego sediou, nessa 5ª-feira, 26, encontro com turismólogos em formação pelo IFG

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A Comissão de Turismo do Legislativo de Goiás recebeu, na noite dessa sexta-feira, 26, representantes da área de tirismo e turismólogos em formação do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Câmpus Goiânia, para encontro. O momento foi uma oportunidade de maior aproximação para os alunos de turismo do instituto com nomes importantes do setor em Goiás.

O encontro teve início às 19 horas, com um tour de apresentação do Palácio Maguito Vilela. Na sequência, os participantes seguiram para o auditório 2 da Casa, onde o encontro seguiu até às 22 horas, comandado pelo presidente do colegiado, deputado Coronel Adailton (UB), ao presidir a mesa diretiva.

Ainda integraram a mesa de trabalho, Sonea Stival, servidora da equipe técnica da comissão e consultora em gastronomia; Priscila Vilarinho, gestora de Turismo do Sebrae-Go; Leonardo Ravaglia, coordenador do curso de Turismo do IFG-Câmpus Goiânia; Fernando Magalhães, representou o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral; Giovanna Tavares, presidente da Associação Brasileira de Turismólogos e Profissionais do Turismo em Goiás (Abbtur-GO) e coordenadora do Observatório do Turismo de Goiás; e Vanessa Pires Morales, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Goiás (ABIH-GO) e diretora de Turismo na Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg).

A promoção do encontro era um antigo compromisso do presidente da comissão com os alunos e a coordenação do curso. Porém, em decorrência da pandemia provocada pelo novo coronavírus (covid-19), o encontro havia sido adiado. 

Ao início, Márcio Barbosa, secretário da Comissão de Turismo, explanou sobre as atribuições do Poder Legislativo, no que tange a legislar e fiscalizar o cumprimento das leis. Ele discorreu sobre matérias que tramitam na Casa, voltadas à área do turismo, a exemplo da proposta das políticas estadual de turismo e de formação em turismo no estado. 

Coronel Adailton ressaltou a honra de estar na presidência do colegiado, desde o início da atual Legislatura. E ainda, falou do momento enfrentado pelo setor, considerado importante pela função que exerce em meio à sociedade, e marcado pela pandemia de covid-19, que obrigou o turismo a ser um dos primeiros setores a fechar. Também falou das atividades da retomada. “Com essas atividades aqui, com a presença de vocês, nós buscamos abrir as atividades turísticas do nosso estado”, assinalou. 

O parlamentar relembrou as atividades realizadas à frente do colegiado, com a participação em feiras de turismo, inclusive com a apresentação de projeto de lei, de sua autoria, para instituir em Goiás o Dia do Turismólogo. 

Leonardo Ravaglia assinalou a importância desse contato para que os alunos possam entender melhor os papéis dos poderes. E ainda os orientou a buscar mais informações com os presentes. “Perguntem, porque essa mesa é muito qualificada, com pessoas-chave do turismo em Goiás.” 

Turismo de experiência

Representante da ABIH, Vanessa relatou o fato de se dedicar a aprender cada vez mais sobre o setor em que atua. “Sou muito curiosa para buscar as novidades, as tendências de mercado, para entender o que está acontecendo no mundo”, ressaltou, reforçando que o intuito é oferecer, cada vez mais, aquilo que Goiás tem de melhor para o turista.

Vanessa Pires Morales apresentou aos estudantes sua experiência no setor hoteleiro e tratou das mudanças na área, a exemplo da locação de curta temporada, mais conhecida por intermédio da plataforma Airbnb. Ao integrar um grupo para tratar desse aspecto do turismo em que foi desenhada uma lei, única, implementada no Brasil, é atualmente a única brasileira a compor a cúpula da hotelaria mundial na representação ReformBnB, que é um fórum de estudo da locação de curta temporada. “Para a gente entender como esse mercado está se posicionando e tentar proteger a hotelaria”, explicou. 

A gestora disse que o objetivo é oferecer aos estados e municípios a preparação adequada, a fim de que a locação de curta temporada seja feita de forma correta, respeitando seus impostos. “Para que seja, sim, uma concorrência leal com a hotelaria, apesar de ser um outro formato de hospitalidade, de hospedagem. Até porque o perfil do turista que busca uma locação de curta temporada é um desenho. O perfil do turista que busca um hotel é completamente diferente.” 

Entretanto, a vice-presidente da ABIH ressaltou, ainda, que foi através do AirBnb que começaram a se desenhar as experiências no turismo na gastronomia e com artesãos de algumas regiões, “para que as pessoas pudessem conhecer artesanato, a colocar a mão na massa”. 

E informou ter sido despertada para outras possibilidades no setor. “A hotelaria precisa passar pelo processo de disrupção. Dentro de uma hotelaria convencional, eu não consigo levar um artesão, por exemplo, para fazer um jarro de barro”, detalhou. E foi a partir daí que passou a oferecer aos hóspedes experiências diferenciadas. “Essas experiências precisam ser trazidas para dentro da hotelaria.” 

Ao finalizar, contou a experiência em uma pousada na cidade de Pirenópolis, na qual irá valorizar a cultura da região, e contemplar os turistas, normalmente moradores locais, com a oportunidade de aprenderem a fazer verônicas de alfenim (doce feito da mistura de açúcar, água e vinagre ou limão), e também mostrar aos hóspedes como se faz uma máscara, no período das Cavalhadas. “São insights que vieram da locação de curta temporada, que muitos não faziam, e a maioria ainda não faz.”

Outro ponto importante ressaltado por Morales é a importância de conhecer o perfil do turista, da mesma forma que é fundamental conhecer o perfil do consumidor, para saber qual tipo de produto deve ser oferecido, a fim de atender às necessidades dele. Ela orientou para a importância de a hotelaria estar preparada para atender ao turista do perfil da Geração Y, responsável por 51% do consumo do mercado. 

Para finalizar, alertou para a importância de se estar atento para as tendências do mercado e, dessa forma, poder desenhar produtos específicos que atendam às necessidades do público consumidor. “Trazendo isso para o nosso negócio, para nossa prestação de serviço, não tem erro para vocês”, explicou. 

Empreendorismo

Em sua intervenção, Priscila Vilarinho ressaltou o quanto é importante essa aproximação com os poderes para entender que são mecanismos e instrumentos, por trás de lideranças, que podem ser usados. “A gente deve se posicionar e usar a favor do que a gente luta, do que a gente escolhe na vida para se engajar”, assinalou a gestora, com extenso currículo acadêmico e atuação na área do turismo. 

“É um cenário muito competitivo”, afirmou Priscila, que alertou os estudantes para as possibilidades que existem no setor, ao relatar os locais em que teve oportunidade de trabalhar, a partir do período em que deu início à carreira como estagiária no Sebrae. “Esse curso te ensina a ser empreendedor de negócios”, afirmou, reforçando que o Brasil ainda precisa avançar muito. 

Vilarinho assinalou para a necessidade do estudo constante, da importância de escrever bem, fazer bons projetos, boas apresentações, e apontou se tratar de um mercado em que os empreendedores precisam estar abertos às novas possibilidades. 

Priscila também tratou da evolução do setor para o digital. “Para nós, não existe mais turismo sem tecnologia. De nove em cada dez viagens hoje, são compradas pela internet”, complementou ao frisar da necessidade de domínio em analytics e dados, para saber como modelar negócios e destinos turísticos. 

Por fim, ainda tratou da importância do turismo de experiência, principalmente nos pequenos negócios, além da movimentação na economia proporcionada pelo setor. Ela ressaltou as oportunidades que surgem para os profissionais da área.  

Dedicação e reconhecimento

Giovanna Tavares, presidente da Abbtur-GO, assinalou os trabalhos técnicos que tem realizado ao longo da sua carreira e pontuou como têm sido realizadas as pesquisas do Observatório do Turismo. “Estudar turismo ainda não tem o reconhecimento que a gente merece”, reclamou. “A gente ainda não tem um piso salarial.”

Além de falar das formações oferecidas, da trajetória profissional ser complexa, com necessidade de dedicação e de os estudantes quererem sair da formação com bons salários e reconhecimento. “Isso acontece com o tempo, ao longo da trajetória”, resumiu. 

Por sua vez, o representante da Goiás Turismo, Fernando Magalhães, afirmou a importância da interação entre poder público e instituições de ensino e do Sistema S. “Hoje, a gente percebe que existe essa sinergia entre as instituições no estado.” Ele tratou da rede de qualificação para o setor a médio e longo prazos, e ainda a formatação da Rota da Uva e do Vinho, além de abordar as políticas públicas para o setor. “É um exemplo. Poder executivo estadual e municipal estão envolvidos, além do Legislativo, Sistema S, todos para desenvolver um produto turístico.” 

O representante do Executivo ressaltou as dificuldades provocadas pela pandemia. “Precisamos nos reiventar. Foi um momento desesperador, em que as pessoas iam à Goiás Turismo pedir ajuda. Eles precisavam sobreviver”, relembrou. 

Magalhães assinalou as ações tomadas pelo governo e os resultados proporcionados pela sinergia entre os atores envolvidos. “É uma referência no nosso estado”, afirmou, detalhando o formato do turismo que tem sido explorado em Goiás. 

Em sua intervenção, o deputado Adailton ressaltou o trabalho que tem sido realizado pela comissão, com a participação da consultora Sonea Stival, a exemplo do reconhecimento da “chica doida” como patrimônio cultural de Goiás e da marmelada de Santa Luzia. 

Sonea tratou da identificação com o trabalho realizado pelo colegiado. “É uma grande oportunidade em minha vida profissional. Atuo no turismo há muitos anos, e hoje vejo que o poder Legislativo esteve muito presente no trade turístico. E agora, a Comissão de Turismo a integra, nós estamos atuando em várias ações.” 

Ao tratar do tema oportunidade, principalmente para os estudantes, revelou a importância de ter um produto reconhecido como patrimônio imaterial. “Você pode lançar mão disso e fazer uma oportunidade”, afirmou Sonea. 

Por fim, relembrou do Festival Chica Doida, em Quirinópolis, e o lançamento do produto, aliados aos dias de frio e a contribuição para o aumento das vendas do produto. “Para lançar mão de uma oportunidade, é necessário ter informação e atitude”, disse Sonea.

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