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Servidores do Ministério Público de Goiás entram em greve

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Categoria denuncia subutilização de servidores efetivos e contratação excessiva de comissionados, além de perdas salariais e cobra reestruturação de cargos e carreira

Na manhã de hoje (17/05),  uma cena incomum tomou conta da Avenida Antonios Sanches Fernandes, mais precisamente na sede do Ministério Público de Caldas Novas: faixas foram pregadas nos portões, manifestando a insatisfação dos servidores através de uma greve. Esse ato representa um momento de grande impacto, revelando a intensidade das preocupações e reivindicações que permeiam a categoria.

A greve é uma ferramenta poderosa utilizada pelos trabalhadores para expressar suas demandas e lutar por melhores condições de trabalho, salários justos e benefícios adequados. No caso dos servidores do Ministério Público de Caldas Novas, é evidente que as razões para essa manifestação vão além do mero desejo de protesto. Elas estão fundamentadas em questões reais e urgentes que afetam diretamente o seu cotidiano profissional.

Os servidores do Ministério Público de Goiás (MPGO) iniciaram a greve desde terça-feira, 9, após terem feito reivindicações desde o final do ano passado. Entre as reivindicações estão a atualização das atribuições de funções e o reajuste salarial.

O presidente do Sindicato dos Servidores do MPGO, Gilclésio Campos, afirma que nenhuma das solicitações foi atendida pelo órgão. Campos argumenta que, com o avanço tecnológico, houve um aumento na demanda de trabalho, o que levou ao desvio de funções e à subutilização de servidores efetivos, além da contratação de um grande número de comissionados. Ele destaca, ainda, que é necessário uma reestruturação dos cargos e carreiras do serviço auxiliar no MPGO, bem como um novo Plano de Carreira de Servidores compatível com as demandas atuais da instituição.

O sindicalista denuncia que os servidores do MPGO têm registrado perdas salariais há anos, com mais de 15% de perdas inflacionárias em percentuais simples e a falta de reposição inflacionária constitucional nos últimos três anos. Além disso, eles perderam o quinquênio e a licença-prêmio.

Em novembro de 2022, durante a Assembleia Geral Ordinária, o Sindsemp aprovou o estado de greve e enviou um pedido de reajuste de 25% à Procuradoria-Geral de Justiça como forma de ressarcir as perdas anteriores. Como não houve evolução nas negociações, foi deliberado que a greve seria deflagrada em 9 de maio de 2023.

Estamos em GREVE!
Não queríamos chegar a esse ponto. Entretanto há anos lutamos por melhores salários. São 12 anos sem aumento real nos vencimentos. São 3 datas-base ignoradas pelo governo do Estado (2019, 2020, 2021). Nosso direito de recomposição inflacionária, garantido pela Constituição, simplesmente deixado de lado, sem negociação, sem um aceno positivo por parte do Estado.
O que pedimos? Que o Procurador-Geral do Ministério Público honre a independência entre os poderes e majore nossos vencimentos como forma de compensação pelas perdas impostas a nós pelo governo estadual.
Lutamos pela valorização do nosso intenso trabalho em prol da população. Não podemos nos contentar com migalhas, pois sabemos do nosso esforço e da nossa dedicação a esse órgão INDEPENDENTE, cuja função é a fiscalização da aplicação das leis, mas que não tem cobrado do Estado exatamente isso.
Até quando? Até quando o Poder Executivo vai se sobrepor à nossa lei maior, nossa Carta Magna?
Avante, servidores! Nossa luta segue firme!

Em nota, o MPGO disse que ”reconhece a importância da valorização de servidoras e servidores, tanto que o faz por meio de inúmeras iniciativas, parte delas em atendimento a reivindicações da categoria”.

Nesse sentido, é importante destacar a importância do diálogo aberto e transparente entre os servidores do Ministério Público do Estado de Goiás, seus representantes sindicais junto ao governo do estado. É através dessa comunicação franca e construtiva que será possível encontrar alternativas viáveis e satisfatórias para ambas as partes.

Espera-se que, diante desse cenário de greve e das faixas pregadas na sede do Ministério Público de Caldas Novas, as autoridades competentes compreendam a urgência das reivindicações dos servidores e tomem as medidas necessárias para atender às suas demandas de forma justa e responsável. Somente assim será possível restaurar a confiança e estabelecer um ambiente de trabalho mais equilibrado e produtivo em prol da sociedade e para todos os envolvidos.

 

 

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