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Saúde inicia curso sobre transplantes de órgãos e tecidos
A Secretaria de Saúde, por meio da Central Estadual de Transplantes do DF (CET-DF), em parceria com a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), lançou a pós-graduação lato sensu – curso de especialização – em Gestão do Sistema Brasileiro de Transplantes de Órgãos e Tecidos, com público-alvo transdisciplinar, que terá início no próximo dia 25.
Foram abertas 40 vagas gratuitas, financiadas pelo Governo do Distrito Federal, com processo seletivo por edital, de modo a contemplar profissionais que atuam diretamente com doação e transplantes no DF, nos estados das regiões Norte e Centro-Oeste, e servidores do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.
O curso despertou o interesse de profissionais de todos os estados e as 40 vagas disponibilizadas foram preenchidas. O autor e coordenador do curso, Anderson Galante, afirmou que há a expectativa de formar a segunda turma no próximo ano e contemplar todos os estados do Brasil, considerando o objetivo de tornar o DF o centro formador de gestores em transplantes.
“O DF tem ótimos indicadores de transplantes de rim, fígado, coração, medula, pele, córnea, sendo referência no assunto”, conclui.
O curso será on-line síncrono, em tempo real, e com uma carga horária menor na modalidade à distância. As aulas ocorrerão todas as quintas e sextas-feiras à noite durante um ano, contemplando 360 horas.
“O objetivo é capacitar os profissionais para utilizarem ferramentas de gestão e provocá-los a pensarem criticamente sobre o sistema e, como consequência, potencializar os serviços no DF, na tríade doação, captação e transplante”, explica Anderson Galante, que é enfermeiro e atua na CET-DF.
“Não há transplante sem doação e não há doação sem a participação da sociedade. Os gestores têm dever de transpor as paredes das instituições e alcançar a população, esclarecendo-a sobre dúvidas, desmistificando crenças, desfazendo medos para que a comunidade acredite que o processo de doação é seguro no Brasil e é dependente do “sim” dos familiares da pessoa que falece”, enfatiza Galante.
Segundo o enfermeiro, com gestão é possível interpretar os percentuais de recusa familiar para a doação de órgãos, mapear os gargalos do processo de trabalho e agir corretamente. Além disso, identificar hospitais que não notificam morte encefálica de pacientes, que são potenciais doadores de órgãos e tecidos.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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