Geral
Prioridade agora é vacinar os mais de 80 anos, anuncia governador
“Minha determinação, como governador e médico, é que as vacinas contra a Covid-19 que chegarem a partir de agora sejam para pessoas acima de 80 anos de idade. Terminou, baixamos para 70 anos. Depois, 60. Essa é a regra que vamos impor no Estado”, anunciou nesta sexta-feira (05/02) o governador Ronaldo Caiado.
Em live transmitida ao vivo nas redes sociais, ele argumentou que a estratégia tem como objetivo proteger a população mais vulnerável ao novo coronavírus e, ao mesmo tempo, “diminuir o número de pessoas que vão para as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)”.
“Você vê que tem pessoas jovens recebendo vacinas e que não estão no embate direto [da pandemia]. Deixarmos nossos goianos de 80 anos acima aguardando não é lógico. A maior incidência de óbitos e complicações que temos é em pessoas acima de 60 anos de idade, principalmente os acima de 80 anos de idade. Esse é um caso grave e que nós temos que tomar providência”, refletiu.
A nova diretriz foi revelada em meio ao anúncio de que Goiás recebe do governo federal, ainda nesta sexta-feira (05/02), mais uma remessa da Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. “Todo o pessoal que estava na linha de frente [do combate à pandemia] já foi vacinado. Agora a prioridade é só quem tem mais de 80 anos”, afirmou sobre o destino das novas doses. O Estado aguarda um parecer do Ministério da Saúde a respeito da quantidade de imunizantes a serem enviados.
Negociação com a China
Na live, o governador contou como foi a videoconferência com o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, ocorrida nesta manhã. Na ocasião, Caiado e outros líderes que participam do Fórum de Governadores solicitaram à China o envio de mais insumos para a produção de vacinas contra a Covid-19 em território brasileiro. “Dissemos a ele da necessidade de termos o mais rápido possível [o acesso às vacinas]”, afirmou.
Caiado explicou que a proposta oferecida ao embaixador é bilateral, mas com capacidade para beneficiar várias nações. A ideia é que o Brasil ofereça sua grande capacidade de produção – que pode chegar a 1,5 milhão de vacinas por dia, a partir das empreitadas dos laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantan –, mas também tenha prioridade no uso das doses.
“No momento em que eles [os chineses] nos ajudarem nesse volume de insumos, quando atingirmos a taxa de vacinação de pessoas acima de 60 anos, que é a faixa mais vulnerável, nós podemos, em contrapartida, enviar a vacina para outros países que estão na mesma situação que a nossa”, argumentou o governador. Essa estratégia seria eficaz para conter a curva da Covid-19 e, ao mesmo tempo, aliviar a demanda hospitalar.
Corrida contra a Covid-19
Na live, o governador explicou aos goianos a sua incessante luta para assegurar que a vacinação em Goiás seja mais célere. O tema movimentou sua agenda em Brasília, na última quinta-feira (04/02). “Falei com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já tarde da noite, discutindo com ele a vacina da Johnson e Johnson, que deverá ser autorizada nos Estados Unidos”, salientou. A partir da aprovação, o Brasil estudará a possibilidade de ser distribuída em território nacional. “Ela tem a vantagem de ser dose única. Isso diminui os gastos, a infraestrutura e logística.”
Ainda sobre a corrida contra o coronavírus, o governador demonstrou otimismo com a possibilidade de expandir a chegada de outras marcas de vacina. Mencionou a recente Medida Provisória, aprovada no Senado Federal, que estabelece prazo para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso emergencial no Brasil de doses que tenham aval internacional. A Sputnik V, por exemplo, já foi aprovada pela agência reguladora russa e poderá integrar o rol de opções no Brasil. “Com essa medida regulatória, nós já teríamos mais 10 milhões de doses da russa”, projetou.
Outros temas
Nessa edição do programa Caiado ao vivo, que costuma ir ao ar toda sexta-feira, o governador comentou sobre outros assuntos, como o pagamento junto ao setor cultural de mais de R$ 2,5 milhões, referente a débitos atrasados de 2018. “Não ficou nada, nada que não tivesse dívidas enormes”, observou Caiado sobre a gestão passada. O recurso, oriundo do Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás (Fundo Cultural), abrange 400 fornecedores e prestadores de serviços envolvidos no Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), Canto da Primavera e Orquestra Filarmônica.
Caiado observou que alguns setores foram mais prejudicados com a pandemia, e que precisam de apoio. É o caso do turismo e da cultura. “Temos que ter um carinho e um trabalho para que possam recuperar a condição de sobrevivência nessa área tão importante, que é preservar a Cultura do Estado”, enfatizou. A live ainda passou por temas como a abertura de mais de 3 mil vagas na Universidade Estadual de Goiás (UEG), a liderança de Goiás na abertura de vagas de emprego no Centro-Oeste, e o programa CNH Social, do Detran, que nesta semana habilitou uma pessoa com deficiência física. “Estamos fazendo um trabalho que me alegra muito”, arrematou sobre as ações sociais de governo.
foto: Lucas Diener
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás
Você precisa estar logado para postar um comentário Entrar