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Paciente número 1.500 tem alta médica do HCamp de Goiânia
Secreção nasal (coriza), seguida de fraqueza no corpo – esses foram os principais sintomas que alertaram Sebastião Reis Costa de que algo não ia bem em seu organismo. Cidadão Morrinhense de 61 anos, autônomo, casado, pai de quatro filhos e avô de quatro netos, o paciente deu entrada na unidade de saúde do município com quadro febril e passando muito mal.
“Não conseguia levantar e andar mais. Fiz o PCR. Quando saiu o resultado, a médica já pediu imediatamente o exame de tomografia, que atestou 50% de comprometimento dos meus pulmões. Me internaram e solicitaram uma vaga de UTI. Graças a Deus, vim para Goiânia e para o HCamp. Sou um milagre, pois nasci novamente”, contou.
Sebastião Reis deu entrada no HCamp de Goiânia no dia 27 de janeiro, por volta das 4 horas da madrugada. Ficou internado durante nove dias, em estado grave, na UTI, e seis dias em um leito da enfermaria. Ele retornará para casa, sem nenhuma sequela da doença, hoje, 11 de fevereiro, quando é celebrado o Dia Mundial do Enfermo.
Outro detalhe marcante é que o assistido representa a alta médica de número 1.500 de pessoas atendidas na unidade do Governo de Goiás que superaram o coronavírus. E emocionou a psicóloga Alana Alcântara. “Atuo no HCamp desde maio do ano passado. O sr. Sebastião tem muita fé e esperança na vida, e isso auxiliou muito no seu processo de recuperação. Ver ele retornando para a sua casa me dá mais ânimo para enfrentar essa segunda onda.”
Até a meia-noite desta quarta-feira, o HCamp de Goiânia atendeu 26.222 pessoas acometidas pela Covid-19. Os médicos Luciano Vitorino e Emílio Pena Bueno, responsáveis pelas equipes médicas, se sentem realizados com este momento.“Estamos colhendo os frutos do trabalho em equipe, com a prestação de uma assistência técnica, resolutiva e humanizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, destacou Emílio.
Alerta
Sebastião Reis agradeceu pelo atendimento recebido e alertou sobre as festividades e aglomerações. “Esse hospital é excepcional. Nunca vi nada igual. A estrutura é de primeiro mundo. Fui muito bem tratado. Essa doença mata. Não brinquem com esse vírus, as festas sempre irão existir, mas a vida acaba”, alertou.
Diretora técnica do HCamp de Goiânia e infectologista pelo Instituto Emílio Ribas, Marina Roriz, relata o significado das 1,5 mil altas. “Tivemos inúmeros óbitos e sentimos imensamente por essas perdas. No entanto, evoluímos muito clinicamente e tecnicamente. O sr. Sebastião é um paciente do grupo de risco, diabético, ficou em estado grave na nossa UTI com suporte de cateter de oxigênio e usou máscara para melhorar a sua capacidade respiratória”, lembrou.
“Esse atendimento ágil, adequado e multidisciplinar salvou a sua vida, e isso significa muito para nós. Estamos apreensivos com a proximidade do carnaval, pois a pandemia não acabou, todos estão muito cansados e os hospitais enfrentam uma lotação. Nossa preocupação é que tenhamos ainda mais casos, diante desse contexto, que já está difícil”, também alertou a médica.
Monique Arruda (texto e foto)/Agir
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