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Política

O espetáculo está de volta!

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A história do Teatro Goiânia, que se confunde e se funde com a história da própria Capital, é destacada na série “Nossa história”, nas redes sociais da Assembleia Legislativa. Concebido no projeto original da cidade, o local foi pensado para ser o centro da vida cultural e artística da futura metrópole, que começava a ser erguida no sertão brasileiro. Era fundamental, no ideal de Pedro Ludovico Teixeira, que além de homem afeito às artes e à Literatura, fazia questão da modernidade como marca registrada do seu projeto. E uma cidade moderna não podia prescindir de um templo cultural. 

O projeto previa que o local abrigaria um cinema e um teatro. Como os outros prédios construídos pelo poder público à época, foi projetado em estilo art deco, com toda a imponência de suas linhas retas e formas geométricas. Se a ideia era impactar logo na chegada, a meta foi alcançada.

Para uma obra monumental, uma inauguração à altura. O então Cineteatro Goiânia abriu suas portas ao público durante o Batismo Cultural, uma forma inovadora de apresentar a nova cidade ao Brasil e ao mundo. Mais um arroubo de ousadia do idealizador da nova capital. Aliás, o local foi o ponto nevrálgico dos eventos realizados durante a semana do Batismo Cultural.

No dia da inauguração, o próprio Pedro Ludovico Teixeira estava à porta do teatro, recebendo os convidados e descerrando a placa da “mais luxuosa casa de espetáculos do estado de Goiás”. Durante toda a semana do Batismo, filmes e espetáculos teatrais, inclusive com a Companhia Eva Todor, a então maior companhia de comédia brasileira. A trupe levava o nome da atriz, que mais tarde se tornaria uma das maiores damas também da TV nacional.

Embora tenha sido projetado para cinema e teatro, na verdade, não oferecia condições para apresentações teatrais. As dimensões do palco eram reduzidas e impróprias para a montagem de espetáculos amplos e sofisticados. Como cinema, funcionou bem até a década de 40. Além da exibição de filmes, o espaço também era ponto de encontro de intelectuais, artistas e personalidades políticas. 

Nos anos seguintes, veio a decadência. As instalações foram se deteriorando e o espaço ficou abandonado. Em 1976, houve a primeira reforma, que deu novo fôlego ao Teatro Goiânia. A partir daí, o local recebeu diversas atrações regionais e nacionais. Shows memoráveis, peças de importantes companhias teatrais do Brasil, concertos, comédias, dramas.

Já no fim do século passado, mais uma reforma que devolveu as características do projeto original. E outra vez o grandioso Teatro Goiânia retomou sua vocação primordial: a de ser palco para a arte e a cultura. 

Em 2020, a pandemia que assolou o mundo fez as cortinas se fecharem de novo. Dessa vez, para garantir a continuidade do espetáculo da vida. Mas, graças à ciência e às vacinas, mais de um ano e meio depois, o monumental Teatro Goiânia está abrindo suas portas novamente para a arte, para a cultura e, claro, para o público, sua razão maior de existir.

Devagarinho, recebendo apenas metade da capacidade e com eventos controlados, tudo com muito cuidado para assegurar a saúde de todos os envolvidos. Mesmo que não seja nas melhores condições, a cidade já pode, novamente, ocupar esse espaço que pertence a todos nós.

A campanha que destaca essa semana o Teatro Goiânia é publicada todos os sábados nas redes sociais da Assembleia Legislativa. #NossaHistória é uma iniciativa voltada para o resgate da memória do povo goiano, por meio da lembrança de fatos, lugares e pessoas que marcaram a trajetória do nosso estado. 

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