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Mingotti do Athletico PR conta as dificuldades antes da carreira

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De Norte a Sul do país, o sonho de se tornar um jogador de futebol está nas casas, nas ruas, nas escolas. Onde quer que seja, sempre há um grupo de crianças correndo atrás de uma bola, inspirados por seus maiores ídolos.

E em São Carlos, no Interior de São Paulo, em meados de 2008, era Ronaldo Fenômeno quem inspirava o garoto Vinicius Alessandro Mingotti pelas ruas de São Rafael, bairro onde cresceu.

Entre jornadas de estudo e outras tantas brincadeiras nas ruas, o futebol foi aparecendo e ganhando cada vez mais evidência na vida de Vinicius.

“Minha infância foi divertida, aproveitei bastante. A vida no Interior possibilita bastante coisa, como soltar pipa na rua, por exemplo”, explicou. “Comecei a jogar futebol com oito anos. Lembro que jogava em uma escolinha chamada Salesianos, com o professor Lincoln, que sempre me deu muito suporte”, acrescentou.

Vinicius Mingotti foi crescendo, o que acarretou em mudanças na sua vida dentro e fora dos gramados. Com a bola no pé, o então meio-campista virou atacante. “Por conta da minha altura e força, fui jogar como centroavante e foi assim que me destaquei”, relembra.

Já fora de campo, as coisas começaram a mudar de fato quando ele precisou sair de casa e mudar para outra cidade atrás do sonho. Foi aos 16 anos.

“Meu pai sempre me apoiou muito. Já minha mãe tinha um pouco de medo, mas foi se acostumando”, afirmou. “Lembro que meu pai me contava que minha mãe chorava por não saber do meu dia a dia, por eu ter saído tão cedo de casa para ganhar, na época, 100 reais por mês”, disse.

“Essa foi a maior dificuldade, ter saído de casa muito cedo para apostar numa carreira difícil. Eu não tinha garantia nenhuma de que realmente me tornaria um jogador profissional”, revelou Mingotti.

Ele saiu de São Carlos rumo a Novo Horizonte, município distante 170km de sua cidade natal. Com a camisa do Novorizontino e 18 anos de idade, seu futebol apareceu para o Brasil. Na Copa São Paulo de 2018, ele marcou dois gols em quatro jogos e recebeu novas oportunidades na carreira.

“Quando joguei a Copa São Paulo pelo Novorizontino, eu realmente percebi que poderia me tornar profissional, pois alguns clubes demonstraram interesse em mim”, falou.

O primeiro clube foi o São Paulo, o que fez o garoto trocar Novo Horizonte pela capital de seu Estado. Foi contratado em um empréstimo de cinco meses, mas acabou mesmo vindo parar no Furacão.

“As coisas não deram certo no São Paulo por conta da adaptação. Foi um período difícil e não consegui render o que poderia”, contou. “Quando surgiu o interesse do Athletico, eu não pensei duas vezes antes de vir para cá. Fiquei muito feliz e também ansioso para as coisas darem certo”, acrescentou.

Desde então, Vinicius Mingotti tem ganhado minutos em campo. O jovem de 21 anos tem contrato com o Furacão até 2025 e já acumula 11 jogos e um gol marcado pelos profissionais.

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