Distrito Federal

Mil agentes vão reforçar prevenção nas ruas

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Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
O planejamento da campanha de enfrentamento às arboviroses foi apresentado no salão nobre do Palácio do Buriti, nesta segunda-feira (8) | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Com dengue, zika e chikungunya não se brinca. Para enfrentar essas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o Governo do Distrito Federal (GDF)  lançou, nesta segunda-feira (8), a campanha de enfrentamento às arboviroses. A proposta é intensificar as ações preventivas nas 33 regiões administrativas, uma vez que o período de chuvas intensifica a proliferação do mosquito. O planejamento foi apresentado no salão nobre do Palácio do Buriti.

Mil agentes de Vigilância Ambiental (AVA) serão contratados de forma temporária e vão atuar na linha de frente. O trabalho, que consiste em inspecionar imóveis e residências e orientar a população, será reforçado ainda por 60 viaturas e 40 carros adaptados para aplicação de fumacê, destacados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS).

A ocorrência de chuvas neste período colabora para o surgimento de novos focos de mosquitos. Isso ocorre porque antigos reservatórios de água podem encher novamente, reativando o ciclo do mosquito, cujos ovos podem sobreviver sem água até 450 dias. “Nossos agentes têm feito visitas nas residências e imóveis. É onde encontramos as larvas do mosquito. Chegaremos a mil agentes para esse combate nas ruas. É trabalhar com inovação e perícia para termos resultados positivos”, destaca o secretário de Saúde, Osnei Okumoto.

De acordo com ele, para atender pacientes com suspeita de dengue, a rede pública de saúde dispõe de 170 unidades básicas de saúde (UBSs), sendo que 72 delas estão equipadas com salas de hidratação.

Mil agentes de Vigilância Ambiental (AVA) serão contratados de forma temporária e vão atuar na linha de frente | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Tendência de queda

Em 2021, o DF tem observado uma tendência de queda nos casos prováveis de dengue quando comparados a 2020. Neste ano, foram registrados 419 casos contra 1.208 para o mesmo período do ano passado, ou seja, um decréscimo de 65,3%.

Este bom sinal, segundo a Subsecretaria de Vigilância à Saúde, deve-se aos esforços concentrados na prevenção da dengue. “Haverá vistoria, mas a recomendação é para que ela ocorra no quintal e não dentro das casas por conta do coronavírus (Covid-19). Mais de 88% dos mosquitos Aedes aegypti encontrados no Distrito Federal são coletados nos quintais”, explica o subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero.

O subsecretário afirmou que, ao longo de 2020, mais de 1,4 milhão de imóveis foram inspecionados em todo o DF. Desses, cerca de 144 mil localidades possuíam o foco da doença, e outras 46 mil foram tratadas pelas equipes de agentes de vigilância ambiental. Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, o DF registrou no ano passado cerca de 47.704 casos prováveis da doença.

Apoio

A luta contra a proliferação do mosquito ganhou, desde 2020, o reforço de programas como o Sanear Dengue e a Operação DF Livre de Carcaças. O primeiro, coordenado pela Secretaria de Governo (Segov), trata-se de uma força-tarefa formada por órgãos como o Corpo de Bombeiros, Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Detran e administrações regionais, que agem em conjunto com a missão de recolher entulhos e retirar o lixo das cidades. O segundo, coordenado pela Secretaria de Segurança Pública e Segov, atua na remoção de carros abandonados das ruas.

Um trabalho importante segundo o secretário de Governo, José Humberto Pires. “Mosquito não tem dono. Ele é de todos nós e precisamos ter a consciência de cuidar deste problema. Todos temos uma parcela de responsabilidade”, ressalta o secretário, ao comentar a contribuição dos programas coordenados pela pasta.

Além da secretaria de Governo, outro importante braço de apoio vem da pasta da Educação. Para este ano, a secretaria vai disparar orientações pedagógicas a todas as escolas, além de treinar professores e coordenadores para ensinar os alunos e colaboradores a combater o mosquito. “O conhecimento é a principal arma para que os estudantes sejam os protagonistas no combate à doença”, aponta David Nogueira, gerente de Educação Ambiental, Patrimonial, Língua Estrangeira, Arte e Educação da Secretaria de Educação.

Como combater o Aedes aegypti:

– Não deixe água acumulada em folhas secas e tampas de garrafa;
– Limpe a bandeja do ar-condicionado para evitar acúmulo de água;
– Encha os pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda;
– Remova folhas, galhos e tudo o que possa entupir as calhas;
– Mantenha as garrafas com a boca virada para baixo;
– Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada;
– Manter os ralos fechados ou colocar uma tela fina para impedir o mosquito;
– Manter a caixa-d’água bem fechada e colocar uma tela no “ladrão”;
– Fechar bem os sacos de lixo e deixar fora do alcance de animais;
– Lavar os pratinhos de vasos e plantas com escova, água e sabão.

Identifique os sintomas das doenças:

Dengue: febre alta; dor no corpo e articulações; dor de cabeça e atrás dos olhos; vermelhidão e coceira na pele; náuseas e vômitos;

Chikungunya: febre alta; dor nas articulações; dor de cabeça; vermelhidão na pele;

Zika: febre; dor no corpo e articulações; dor de cabeça; vermelhidão e coceira na pele; vermelhidão nos olhos.

Fonte: Governo DF

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