Economia
Mercado financeiro prevê inflação de 4,22% para 2024
O Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira revelou que a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou pela quinta semana consecutiva. A projeção para a inflação oficial do país subiu de 4,2% para 4,22%, conforme as expectativas das instituições financeiras.
Apesar do aumento na previsão para o ano corrente, o IPCA ainda se encontra dentro da margem de tolerância da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta é de 3%, com uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, resultando em um intervalo entre 1,5% e 4,5%. Para 2025, a expectativa de inflação recuou para 3,91%, em comparação aos 3,97% da semana passada. Já para 2026, a projeção se manteve estável em 3,6%.
A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, que eliminará a necessidade de definição anual de metas pelo CMN. A nova meta contínua será fixada em 3%, com a mesma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Expectativas para o PIB
O mercado financeiro revisou positivamente as expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. A projeção de crescimento para 2024 passou de 2,2% para 2,23%. No entanto, as expectativas para 2025 foram ajustadas para baixo, de 1,92% para 1,89%. Para 2026, a projeção se manteve estável em 2%, conforme registrado nas últimas 54 semanas.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 2,9% em 2023, alcançando R$ 10,9 trilhões, superando a taxa de crescimento de 3% registrada em 2022.
Taxa Selic e Dólar
As previsões para a taxa básica de juros (Selic) permanecem inalteradas há nove semanas, com uma projeção de 10,50% para 2024. Para 2025, a expectativa subiu de 9,75% para 10%, enquanto para 2026, a previsão continua estável em 9%. A Selic é um instrumento crucial utilizado pelo BC para atingir a meta de inflação.
Em julho, a inflação mensal foi de 0,38%, impulsionada principalmente pelo aumento dos preços da gasolina, passagens aéreas e energia elétrica. No acumulado de 12 meses, o IPCA alcançou 4,5%, situando-se no limite superior da meta de inflação.
As expectativas para o câmbio indicam que o dólar deve ser cotado a R$ 5,31 ao final de 2024, ligeiramente acima da projeção anterior de R$ 5,30. Para 2025 e 2026, as previsões se mantêm estáveis em R$ 5,30 e R$ 5,25, respectivamente.
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