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Economia

Mercado financeiro eleva projeção de expansão da economia

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Agência Brasil

O mercado financeiro elevou suas previsões de crescimento da economia e da inflação para este ano. Segundo a edição desta segunda-feira (14) do Boletim Focus, publicado pelo Banco Central, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 3,01%, ligeiramente acima dos 3% previstos na semana anterior. A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi ajustada para 4,39%, em comparação aos 4,38% da semana passada.

A pesquisa Focus é conduzida com economistas e divulgada semanalmente pelo Banco Central. Para 2025, a previsão de crescimento do PIB permanece em 1,93%, conforme registrado na semana anterior. Para os anos de 2025 e 2026, a expansão do PIB é estimada em 2% para ambos os anos.

Em 2023, a economia brasileira também superou as expectativas, crescendo 2,9% e totalizando R$ 10,9 trilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, o crescimento foi de 3%.

Inflação
A previsão do IPCA, a inflação oficial do país, para 2025 foi reduzida de 3,97% para 3,96% nesta semana. As expectativas para 2026 e 2027 são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 permanece acima da meta de inflação, mas dentro da margem de tolerância estabelecida pelo Banco Central. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% para este ano, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual. Assim, os limites são de 1,5% a 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor um sistema de meta contínua, onde o CMN não precisará mais estabelecer uma meta de inflação a cada ano, mantendo um centro de 3% e a mesma margem de tolerância.

Em setembro, o IPCA registrou um aumento de 0,44%, impulsionado principalmente pelos gastos com energia elétrica, que subiram 5,36% após um período de queda. O grupo habitação, com alta de 1,8%, foi um dos principais responsáveis por esse aumento. No acumulado do ano, a inflação está em 3,31%, e nos últimos 12 meses, em 4,42%.

Taxa de juros
Quanto à taxa básica de juros, a Selic, o Focus manteve a expectativa de que ela termine 2024 em 11,75%. Para 2025, a projeção é de 11%, enquanto para 2026 e 2027, as expectativas são de 9,5% e 9%, respectivamente.

O Banco Central utiliza a Selic como principal ferramenta para alcançar a meta de inflação, que atualmente está fixada em 10,75% ao ano. A alta recente do dólar e as incertezas sobre a inflação levaram o Comitê de Política Monetária (Copom) a elevar os juros pela primeira vez em mais de dois anos, na última reunião de setembro.

A última alta ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após um ano nesse nível, a Selic passou por seis cortes de 0,5 ponto e um de 0,25 ponto entre agosto do ano passado e maio deste ano, mantendo-se em 10,5% nas reuniões de junho e julho.

Taxa básica
A próxima reunião do Copom está agendada para 5 e 6 de novembro, e os analistas esperam um novo aumento na taxa básica. A expectativa do mercado é que a Selic encerre 2024 em 11,75% ao ano.

O aumento da Selic visa conter a demanda aquecida, refletindo nos preços ao encarecer o crédito e estimular a poupança. Entretanto, outros fatores, como risco de inadimplência e despesas administrativas, também influenciam as taxas cobradas pelos bancos, podendo dificultar a expansão econômica.

Quando a Selic é reduzida, o crédito tende a se tornar mais acessível, incentivando a produção e o consumo, o que pode reduzir a pressão sobre a inflação e estimular a atividade econômica.

Câmbio
Em relação ao câmbio, a previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,40 ao fim deste ano e se manterá nesse patamar até 2025. Para 2026 e 2027, a expectativa é de que o câmbio fique em R$ 5,30.

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