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Jardins em quadras do Park Way evitam lixões
No começo, foi um trabalho focado na conscientização e no belo exemplo. Depois, vieram a fiscalização e o controle do descarte incorreto do lixo em um dos bairros mais verdes do Distrito Federal. Essa foi a estratégia usada pela Administração Regional do Park Way, que, com o apoio do DF Legal, está combatendo a sujeira na região.
Segundo os cálculos da própria administração, os caminhões chegam a recolher até 250 toneladas de resíduos, toda semana, nas quadras próximas ao Aeroporto Internacional de Brasília e ao Núcleo Bandeirante. O lixo verde – que envolve podas, galhos e folhagens secas – é o mais volumoso na localidade, ocupada por casas grandes com jardins. Entulhos e inservíveis também são jogados em terrenos descampados.
Deixar lixo nas ruas dói no bolso. O descarte de podas, por exemplo, rende multas entre R$ 2,3 mil e R$ 23 mil, informa a secretaria.
Uma ideia encampada pelos gestores foi reduzir os espaços onde moradores e empresas de construção depositavam detritos. Depois de várias reuniões e orientações sobre o descarte dos resíduos, um procedimento foi tomado: no lugar do lixo, entram flores e canteiros. Foi assim na Quadra 26, onde mora a servidora pública Thais Oliveira, 38 anos.
“Quando cheguei aqui, há dois anos, vi um monte de lixo sendo jogado constantemente ao lado do PEC (Ponto de Encontro Comunitário). Até vaso sanitário já foi encontrado. Como síndica, pedi providências para a administração”, relata Thaís. “Há alguns meses, os funcionários fizeram o plantio dos ipês no local. Desde então, não tivemos mais esse problema”, comemora.
O novo canteiro ganhou 28 mudas de ipês de cores sortidas e tem na servidora pública e no zelador seus guardiões. Foi assim também nas quadras 4 e 17 – próximo ao núcleo rural Vargem Bonita –, que receberam mudas do viveiro comunitário do Park Way. Uma placa foi colocada no local informando que é proibido jogar resíduos.
“Cada morador ou condomínio é responsável pelo lixo que produz. Parece redundante, mas não é. Se esse lixo não cabe em sacos plásticos ou não está bem acomodado, o SLU não recolhe”Maurício Tomaz, administrador do Park Way
Todavia, outras situações ainda persistem. As podas de árvores e o lixo verde produzido pelos condomínios ainda são deixados ao lado de lixeiras e até mesmo na vegetação, o que não é permitido.
“Cada morador ou condomínio é responsável pelo lixo que produz. Parece redundante, mas não é. Se esse lixo não cabe em sacos plásticos ou não está bem acomodado, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) não recolhe”, lembra o administrador Maurício Tomaz. O serviço, então, é feito toda semana por seus funcionários.
Fiscalização para educar
Há várias opções para manter os espaços limpos e bem cuidados. Uma delas é levar os resíduos para um dos 12 papa-entulhos espalhados pelo DF, que são mantidos pelo SLU. Há no mercado também, informa Tomaz, empresas especializadas em lidar com o lixo verde e dar a destinação correta. Outra alternativa é o trabalho de compostagem, no qual uma máquina tritura esse tipo de resíduo, reaproveitado como adubo natural.
“Acreditamos que é o momento de os moradores se reeducarem e acho que a fiscalização do DF Legal tem ajudado nisso. Porque o trabalho não para, todos os dias nossos caminhões estão nas ruas”, observa o coordenador executivo da administração, Wesley Pereira.
As equipes de fiscais estão semanalmente no Park Way. Mais de 50 condomínios já foram notificados por irregularidades. Deixar lixo nas ruas dói no bolso. O descarte de podas, por exemplo, rende multas entre R$ 2,3 mil e R$ 23 mil, informa a secretaria.
“Já fizemos alguns bons jardins por aqui para inibir o pessoal que jogava sujeira. Porém, o mais importante é o morador fazer seu papel, conversar com os vizinhos e dar a destinação correta aos detritos”, acredita Tomaz. “Dessa forma, teremos um bairro melhor e o reforço do cuidado com a área de proteção ambiental”, finaliza.
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