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HGG lembra Dia Nacional da Visibilidade Trans

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No próximo sábado, 29 de janeiro, é comemorado o Dia Nacional da Visibilidade Trans, e o Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) criou um serviço exclusivo para acompanhar e oferecer atendimento médico e multiprofissional a transexuais, travestis e outras identidades de gêneros, desde 2017, o Serviço de Identidade de Gênero, Transexualidade e Intersexualidade – Ambulatório TX.

Desde então, já foram realizadas 5.718 consultas das mais diversas áreas e 22 cirurgias, atendendo homens e mulheres trans. Já passaram pelo serviço cerca de 550 pacientes e, atualmente, mais de 350 são acompanhados no ambulatório da unidade do Governo de Goiás, que foi a primeira unidade pública estadual a oferecer tal serviço em Goiás com atendimentos ambulatoriais.

O hospital estabeleceu uma rede de cuidados, de acordo com normatizações do Ministério da Saúde, nas especialidades de ginecologia, cirurgia plástica, psiquiatria, urologia, psicologia e fonoaudiologia. Na parte ambulatorial, são realizadas ações de acompanhamento clínico e hormonoterapia, destinados a promover atenção especializada no processo transexualizador.

Com o objetivo de proporcionar atenção especializada nesse processo, o HGG realiza as cirurgias e os acompanhamentos pré e pós-operatórios. São  disponibilizados ainda procedimentos como histerectomia (retirada do útero), mamoplastia (retirada da mama), prótese mamária, tireoplastia (redução do pomo de Adão) e redesignação sexual (neocolpoplastia ou construção de neovagina).

A coordenadora do Ambulatório TX do HGG, a médica ginecologista Margareth Giglio, ressalta a importância desse acolhimento, principalmente no atendimento personalizado para as demandas dos transexuais. “Se nós considerarmos que cerca de 1,3% da população no Brasil é transexual, nós estamos falando que, só no Estado de Goiás, temos cerca de 100 mil pessoas nessa condição. No Estado de Goiás temos sorte de ter estes serviços de atendimento para estes pacientes”, comenta.

Outro ponto importante abordado por Margareth é a humanização proporcionada pela equipe do HGG. “Nós proporcionamos o acolhimento desde a assistência primária na recepção, quando a pessoa é atendida pelo seu nome social. Nós damos o atendimento ambulatorial multidisciplinar e também os atendimentos que envolvem as cirurgias, de uma forma geral”, ressalta.

Sobre as cirurgias, a médica explica que os pacientes devem ter no mínimo 21 anos de idade e dois anos de acompanhamento no Ambulatório TX. “Se ele atingir esses objetivos e tiver autorização da psiquiatria e psicologia, poderá fazer os procedimentos cirúrgicos sem nenhuma fila de espera. A gente espera que cada dia possamos melhorar esse tipo de assistência, que não é só para os pacientes de Goiânia. Cerca de 40% dos pacientes atendidos em nosso serviço são de outros municípios e até mesmo de outros Estados.”

Capacitação

Neste mês de janeiro, 160 colaboradores do HGG passaram pelo treinamento Programa TX: conhecer para acolher. O objetivo é melhorar ainda mais o atendimento e o acolhimento desses pacientes. Para a gerente de recursos humanos do HGG, Érika Scarparo, o objetivo do treinamento é capacitar os colaboradores para oferecer um atendimento de excelência aos pacientes.

“Alguns colaboradores ainda não têm conhecimento muito profundo sobre o trabalho realizado. Então, resolvemos fazer o treinamento com a intenção de apresentar o que é o programa, como é a transsexualidade, como é feito o acompanhamento, quais são as etapas e outros detalhes”, conta a gerente.

Fonte: SES/Idtech – Governo de Goiás

Fonte: Governo GO

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