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Fábio Porchat fala de ateísmo, preconceitos e critica Bolsonaro no “Roda Viva”
Fábio Porchat foi o convidado do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, dessa segunda-feira (21) . O comediante não se absteve de comentar temas polêmicos, como religião e política. Em um dos momentos da entrevista, ele foi questionado sobre como foi a experiência de ler a Bíblia para escrever o especial de Natal do Porta dos Fundos da Netflix.
“Quanto mais a gente lê a Bíblia, mais ateu a gente é. Não dá para acreditar naquilo que está escrito literalmente. São parábolas muito bonitas, são ideias muito bacanas para a gente lidar com a sociedade, lidar com as dificuldades, lidar com o outro”, diz Porchat.
O humorista disse que é ateu, mas reforçou que se interessa muito por todas as religiões e pelas narrativas que elas têm. O apresentador do “Que História é Essa?’ também foi questionado sobre os comediantes que criticam o politicamente correto e reclamam de não poderem fazer piadas sobre tudo, como acontecia anos atrás.
“Eu acho triste que alguns comediantes achem que é o politicamente correto que é o inimigo deles, não o machismo, o racismo e a homofobia. Acima do politicamente correto tem o racismo, ele é nosso inimigo. É nele que a gente tem que bater. Pode fazer piada com preto, com gay, com gordo, com mulher, mas que triste você escolher propagar preconceitos. Que triste você não evoluir enquanto sociedade. Que triste querer continuar humilhando e rindo da cara de uma pessoa que literalmente apanha muitas vezes por causa dessas piadas”, fala.
Porchat também falou sobre política e expressou as opiniões sobre o governo Bolsonaro. “Esse governo se apropriou da narrativa. Como o Lula sabia chegar no povão, esse governo entendeu que as pessoas estão revolts, a gente adora uma teoria da conspiração. Essa gente que cria isso assumiu o poder. Eles não governam, eles se vingam”, diz
“Quando vem uma mente diabólica do mal para controlar essas pessoas, ele consegue pegar essa massa de manobra que é a nossa população, que sou eu, que é você, com a maioria de uma população pouco instruída. Então as pessoas estão muito carentes, elas precisam de qualquer coisa. E se qualquer coisa for a vacina que vai transformar em jacaré, então tá bom”, Fábio Porchat conclui.
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