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Durante pandemia, estudantes de Goiás são líderes em tempo de estudo, diz FGV

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Goiás foi a segunda unidade federativa cujos estudantes passaram mais tempo estudando durante a pandemia. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas Social (FGV Social) com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de agosto de 2020, apontou que os alunos goianos de 6 a 15 anos tiveram uma média de 2,6 horas de estudo por dia útil. A média nacional foi de 2,37 horas diárias e a do Distrito Federal foi de 2,96.

A pesquisa da FGV mostrou como as dificuldades do isolamento social e o ensino não presencial diminuíram o tempo de estudo das crianças e adolescentes. Segundo a Lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDB), a carga horária mínima do estudante é de 4 horas diárias. Com a suspensão das aulas presenciais, no entanto, as escolas tiveram que se reinventar para continuar atendendo os alunos e nem todas tiveram êxito nessa tarefa.

Segundo a pesquisa, a falta de atividades escolares entre os estudantes foi mais relacionada à falta de oferta de conteúdo pedagógico, por parte das redes escolares, do que a problemas de interesse por parte dos alunos. Enquanto 13,5% dos estudantes não receberam materiais dos gestores educacionais e professores, apenas 2,88% não utilizaram os materiais que receberam por alguma razão pessoal.

Ainda de acordo com o estudo da FGV, a falta de acesso à internet foi uma das principais barreiras ao ensino remoto no país. Para reverter esse quadro, 11 Estados brasileiros ofertaram aulas pela televisão, dentre os quais se inclui Goiás.

Seduc em ação

Desde o mês de maio de 2020 é transmitido pela TV Brasil Central o programa Seduc em Ação. Essa ação do Governo de Goiás levou aulas para os alunos que tinham dificuldades em acesso à internet. O programa apresenta aulas de diferentes componentes curriculares, para as diferentes séries. Diariamente, às 10h, vão ao ar as aulas para o ensino médio e, às 15h, são transmitidas as aulas para o ensino fundamental.

NetEscola

Outra ferramenta utilizada pelo Governo Estadual para garantir o ensino-aprendizagem aos alunos foi a criação do Portal de Conteúdo NetEscola. Uma página com conteúdo para os ensinos fundamental e médio, Educação de Jovens e Adultos e preparatórios para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além dos professores e estudantes da rede estadual, profissionais de outras redes de ensino passaram a acessar as videoaulas, listas de exercícios e materiais didáticos-pedagógicos disponibilizados.

Distribuição de smartphones com internet

Durante o período das aulas não presenciais de 2020, o governador Ronaldo Caiado fez o repasse de 1.136 smartphones para a Secretaria de Estado da Educação (Seduc). O objetivo foi de atender a alunos da rede que não têm acesso à internet.

A iniciativa foi possível graças à parceria estabelecida com a Secretaria Especial da Receita Federal em Goiás, por intermédio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), e a empresa Vector Mobile. Os aparelhos mudaram a realidade de estudantes em situação de vulnerabilidade social.

Entrega de materiais impressos

Os estudantes que não tinham acesso à internet tiveram ainda mais uma possibilidade de continuar os estudos. Durante o Regime Especial de Aulas Não Presenciais, semanalmente eram enviadas listas de atividades e cartilha de conteúdo para que os alunos continuassem o ano letivo.

A entrega desse material se dava de várias formas: utilizando os motoristas do transporte escolar, com a entrega de atividades nas unidades escolares e também com a ajuda da comunidade escolar.

Auxílio alimentação

De modo a atender os estudantes durante a pandemia, o Governo de Goiás criou, no primeiro semestre deste ano, o auxílio alimentação escolar. O benefício, destinado aos alunos em vulnerabilidade social e cadastrados em programas sociais, consistia no repasse quinzenal de R$ 75,00 para a aquisição de itens alimentícios.

Busca ativa

Para atender a todos os estudantes matriculados na rede estadual de educação, o Estado substituiu o depósito do auxílio alimentação pela entrega de kits de alimentos nas escolas da rede estadual. Ao todo, foram repassados R$ 82 milhões para a aquisição e distribuição de kits referentes aos meses de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro.

Essa distribuição foi utilizada para busca ativa dos estudantes que não estavam participando diretamente das aulas não presenciais e pode-se ver um retorno dos estudantes e um baixo abandono escolar em 2020.

2021

O ano letivo de 2021 nas escolas da rede pública estadual de ensino de Goiás começou no mês de janeiro, como previsto no calendário escolar.

No dia 21 de janeiro, as aulas foram iniciadas em 92% das 1.010 unidades escolares no regime especial de aulas não presenciais (REANP), adotado, em decorrência da pandemia de Covid-19, em março do ano passado.

No dia 25 de janeiro, as demais unidades, até então 8%, retomaram as aulas presenciais, em regime híbrido, com atividades desenvolvidas nas escolas e por meios remotos. Nos primeiros dias, esse número cresceu e já alcança 12%.

Fonte: Seduc

Fonte: Governo GO

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