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Confiança do comércio cai 0,9 ponto em abril, diz FGV
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) caiu 0,9 ponto em abril, ao sair de 86,8 para 85,9 pontos.
No mês, dois dos seis principais segmentos do setor recuaram. A piora do Índice de Expectativas (IE-COM), novamente contribuiu para o resultado negativo. A queda desse indicador ficou em 6,8 pontos, atingindo 79,6 pontos, o que significa o menor patamar desde março de 2021, quando alcançou 70,2 pontos. Movimento diferente teve o Índice de Situação Atual (ISA-COM), que avançou 5,3 pontos e passou de 87,6 pontos para 92,9 pontos, o maior nível desde outubro de 2021.
O economista do FGV/Ibre, Rodolpho Tobler, destacou que em abril, pelo segundo mês consecutivo, houve piora da confiança do comércio em uma composição semelhante a registrada no mês anterior. “Mais uma vez, o viés negativo do resultado foi puxado por uma nova queda significativa das expectativas em relação aos próximos meses. Por outro lado, a percepção do volume de vendas no mês corrente avançou, mas ainda é preciso considerar que essas altas recentes ainda não devolveram todas as perdas sofridas desde o final de 2021”, afirmou.
Com relação as médias móveis trimestrais, o ICOM subiu 0,3 ponto. Esse é o segundo resultado positivo depois de um período de seis quedas.
Expectativas
Para os próximos meses, segundo o economista, o cenário parece incerto, uma vez que as perspectivas dos empresários sobre vendas, tendência dos negócios e emprego são de queda, o ambiente macroeconômico complicado e a confiança dos consumidores oscilando em patamar baixo.
De acordo com o instituto, desde o final do ano passado, as quedas consecutivas do Índice de Situação Atual (ISA-COM) colaboraram para a piora da confiança do comércio. Este foi o motivo para o índice em médias móveis trimestrais, ficar abaixo do nível do Índice de Expectativas (IE-COM). No entanto, o desempenho dos últimos meses reverteu essa tendência e aproximou o nível dos dois índices. “Atualmente, em médias móveis trimestrais, ambos índices se aproximam na casa dos 87 pontos, o que ainda é considerado um patamar baixo”, informou o instituto.
Edição: Valéria Aguiar
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