Saúde
Cirurgia plástica: quais os cuidados antes de passar por um procedimento estético ou reparador?
O Brasil se consolida como um dos líderes mundiais em cirurgias plásticas, com um crescimento constante no número de procedimentos realizados a cada ano. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2018, o país registrou, em média, 1,5 milhão de cirurgias plásticas anuais, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Esse número é impulsionado tanto por intervenções estéticas quanto por cirurgias reparadoras, que corrigem malformações congênitas ou adquiridas.
A crescente demanda, aliada a relatos frequentes de erros médicos, destaca a importância da atenção dos pacientes aos protocolos de segurança e à qualificação dos profissionais envolvidos. Um estudo da The International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) em 2020 identificou os procedimentos mais comuns no mundo: aumento de mama (16%), lipoaspiração (15,1%), cirurgia de pálpebras (12,1%), rinoplastia (8,4%) e abdominoplastia (7,6%).
No estado de Goiás, a SBCP informa que há 319 cirurgiões plásticos, com os procedimentos mais populares sendo lipoaspiração, mastopexia, colocação de próteses mamárias, rinoplastia e cirurgias faciais. No Hospital Israelita Albert Einstein Goiânia, a situação é similar; desde sua abertura em junho de 2021, foram realizadas mais de 1.900 cirurgias plásticas, representando 47,14% do total de procedimentos da unidade, incluindo tanto estéticas quanto reparadoras.
O cirurgião plástico Paulo Renato de Paula, do Einstein Goiânia, enfatiza que a escolha de um médico cirurgião qualificado é o primeiro passo para um procedimento seguro. “É crucial verificar se o profissional possui registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Registro de Qualificação de Especialidade (RQE), além de consultar a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Uma consulta pessoal é fundamental, evitando a escolha apenas pela popularidade nas redes sociais”, afirma Paulo Renato.
O especialista também recomenda que os pacientes verifiquem os protocolos de segurança do hospital, como a disponibilidade de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a realização de exames radiológicos e a existência de uma central de materiais esterilizados, para garantir maior segurança durante o procedimento.
No Hospital Einstein Goiânia, há um protocolo de checagem rigoroso ao paciente no centro cirúrgico, tanto antes quanto depois da cirurgia, aumentando a segurança e eficácia do processo. A unidade também prioriza a qualidade dos materiais e a competência das equipes médicas, além de oferecer uma experiência de recuperação confortável, com acomodações acolhedoras e refeições personalizadas.
Importância do Preparo Adequado
Paulo Renato ressalta que o preparo do paciente é fundamental, especialmente no controle de condições preexistentes, como diabetes e hipertensão. Exames pré-operatórios, incluindo avaliação cardiológica, são essenciais. “Cada procedimento apresenta riscos específicos, como o aumento da chance de embolia pulmonar em cirurgias combinadas, por exemplo. A análise do histórico do paciente, incluindo fatores familiares e cirurgias anteriores, é crucial”, explica.
O cirurgião também menciona alternativas menos invasivas para pacientes que, por razões de saúde ou tempo, não podem realizar cirurgias. “Cada paciente deve ser informado sobre os benefícios, riscos e possíveis complicações de cada tratamento, seguindo rigorosamente as orientações médicas para garantir a segurança e o sucesso do procedimento”, conclui.
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