
Defesa de Lula pede para gravar programa eleitoral na prisão
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que conceda uma liminar para que o petista tenha direito a participar "plenamente" da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, podendo de dentro da prisão gravar áudios e vídeos.
A coligação de Lula alegou ao TSE que, embora ele esteja preso, a execução provisória da pena não tem o "condão de lhe suspender os seus direitos políticos, e nem o de lhe restringir a candidatura ao cargo de Presidente da República". Disse ainda que a legislação eleitoral assegura a qualquer candidato, mesmo sub-judice, participação efetiva em todos os atos da campanha.
O ex-presidente está preso desde abril cumprindo pena após ser condenação em segunda instância no processo do tríplex do Guarujá (SP). Em função desse caso, ele deve ter a candidatura barrada pela Lei da Ficha Limpa, em julgamento que deve ocorrer na próxima semana.
A defesa alega a concessão de uma liminar e cita que a propaganda dos candidatos a presidente da República começa no dia 1 de setembro, no sábado.
Pela legislação, é preciso entregar as mídias com os arquivos para a transmissão dos programas eleitorais com 6 horas de antecedência e, no caso das inserções, 12 horas.
Os advogados pedem que, se a liminar for concedida, o chefe da Polícia Federal no Paraná seja notificado a adotar as "providências logísticas cabíveis, no sentido de permitir a entrada de profissionais da área de comunicação da Coligação e do candidato a Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas dependências da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, para realizar a gravação de áudios e vídeos a serem utilizados no horário eleitoral gratuito".