Educação
Aparecida promove ações em memória ao Holocausto
Para promover a reflexão em torno do tema do holocausto, acontecimento infeliz que mancha a história da humanidade, a Secretaria Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia (SME) realiza desde 2021 o projeto “Conhecer para transformar”. A iniciativa leva para as escolas palestras e propostas pedagógicas com a finalidade de ampliar o debate e disseminar a cultura e, com isso, despertar também a sensibilidade e a criatividade dos estudantes do Ensino Fundamental.
A culminância do projeto realizado em 2024 aconteceu nesta semana com a premiação dos estudantes que participaram do I Concurso de Desenho e Redação e com a abertura da exposição “Estrelas sem céu, infância na Shoá”, que aborda a história de crianças que viveram durante o holocausto. A cerimônia de entrega da premiação aos vencedores do concurso ocorreu na última quarta-feira (27), no Anfiteatro Cantor Leandro, setor Village Garavelo. Já a abertura da exposição foi na manhã desta quinta-feira (28), no Salão de Exposição da Câmara Municipal, que fica no Residencial Solar Central Park, e contou com a presença de autoridades, entre elas, a de Daniel Zohar Zonshine, embaixador do Estado de Israel no Brasil.
As obras que compõem o acervo da exposição “Estrelas sem céu, infância na Shoá”, que segue aberta para visitação pública de hoje até o dia 12 de dezembro, pertencem ao Museu do Holocausto de Jerusalém e à Embaixada do Estado de Israel no Brasil. Para Zonshine, que falou durante a abertura do evento, o objetivo de ações como as do projeto realizado na rede aparecidense, são importantes para promover não apenas a aquisição de conhecimentos, mas também para estimular a reflexão sobre um momento tão difícil da humanidade. “Foram mais de seis milhões de judeus mortos no Holocausto e, quanto mais jovens tomarem conhecimento e forem sensibilizados sobre as gravidades desse crime, mais aumentam as chances de que isso nunca mais se repita na nossa história”, avaliou o embaixador.
O concurso realizado entre os estudantes da rede, por sua vez, premiou a produção dos três melhores trabalhos desenvolvidos em cada uma das quatro categorias distintas. Além do desenho, foram avaliadas também as redações nos gêneros poesia, crônica e memória. O concurso envolveu mais de 700 estudantes e, ao final, foram avaliadas 174 produções de 24 instituições educacionais participantes. Os 12 vencedores receberam como prêmio tablets, vale presente da loja Ri Happy no valor de R$200,00 e caixa de som com wi-fi, que foram entregues, respectivamente, para o 1º, 2º e 3º lugar de cada categoria.
Para a advogada Sharon Soltak, que faz parte da comunidade judaica no Brasil e coordena o projeto da SME, as ações realizadas nas escolas da rede têm como objetivo despertar a consciência dos estudantes sobre as consequências e gravidade de toda espécie de intolerância que eventualmente possa ocorrer na sociedade e, inclusive, no chão da escola. “A intolerância racial, a intolerância religiosa, o ódio, o bullying leva a consequências muito infelizes. Para que isso não volte a acontecer, a gente precisa aprender a história, a fim de fazer do mundo um lugar melhor para todos”, enfatizou.
A secretária de Educação, professora Fernanda Laura, esteve presente nas duas solenidades de culminância do projeto “Conhecer para transformar”. Ela destacou a relevância do empenho das escolas e parabenizou os estudantes pela participação e pela criatividade das produções. “Sabemos o quanto é necessário debater esse tipo de tema nas nossas escolas e fazer isso com a exploração da criatividade, com intencionalidade, é o nosso papel enquanto professores. Projetos dessa natureza têm um viés preventivo, e contribui para a formação de pessoas mais sensíveis e respeitosas, capazes, portanto, de uma convivência pacífica e tolerante”, encerrou.
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