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Anunciadas reformas do autódromo e do Teatro Nacional
A reinauguração do Museu de Arte de Brasília (MAB) no aniversário de 61 anos da capital, nesta quarta-feira (21), foi bastante comemorada pela população. O espaço cultural ficou fechado por 14 anos e, agora, está de volta como mais um ponto de lazer e cultura. Enquanto anunciava a importância da recuperação do museu, o governador Ibaneis Rocha destacou que está empenhado em cuidar ainda mais da cidade e reabrir outros dois importantes patrimônios: o Autódromo Internacional Nelson Piquet e o Teatro Nacional Cláudio Santoro.
“Vamos reabrir o Autódromo Internacional Nelson Piquet e outros espaços que são motivo de orgulho para a população. Neste 21 de abril temos o que comemorar. Temos a alegria de dizer que estamos trabalhando para reabrir a cidade como um todo”Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal
O Autódromo Internacional Nelson Piquet será reformado por meio de um convênio entre o seu administrador, a Agência de Desenvolvimento (Terracap), e o Banco de Brasília (BRB). A instituição financeira vai assumir a obra, o projeto e a operação do autódromo. Ainda segundo o chefe do Executivo local , há um acordo para que o espaço receba uma etapa da Stock Car Brasil, em dezembro. “O autódromo está em fase final de contratação entre a Terracap e o BRB. Existe um contrato assinado entre o BRB e a Stock Car para receber a corrida”, disse Ibaneis Rocha.
Para o governador Ibaneis, reabrir espaços como o MAB motivam o governo a fazer o mesmo com o autódromo, que não recebe uma competição desde 2014. “Vamos reabrir o Autódromo Internacional Nelson Piquet e outros espaços que são motivo de orgulho para a população. Neste 21 de abril temos o que comemorar. Temos a alegria de dizer que estamos trabalhando para reabrir a cidade como um todo”, diz Ibaneis Rocha.
Já o Teatro Nacional vai passar por uma reforma de R$ 33 milhões que será capaz de devolver a Sala Martins Pena em funcionamento. O recurso para a obra, o governo já dispõe. Atualmente, trabalha no andamento dos trâmites legais entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Caixa Econômica Federal (CEF), Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e demais envolvidos. Após vencer este processo, a obra será licitada.
“Essa é, talvez, a obra que mais vai me trazer orgulho nesse governo. Vamos trabalhar para licitar ainda neste semestre para que no próximo ano, nós tenhamos a Sala Martins Pena funcionando”, acrescenta Ibaneis Rocha.
MAB de volta
A cerimônia de reinauguração do MAB concentrou autoridades do governo e artistas que atuaram na fundação e história do Museu. A expectativa agora é para o retorno da visitação do público, o que deve ocorrer nas próximas semanas assim que o espaço estiver com todo seu acervo, atualmente guardado em outros museus da cidade.
“Brasília estava sentindo falta do MAB. É uma excelente oportunidade para os artistas da cidade e de todo o Brasil. A estrutura foi toda readequada. Ganha a cidade nesse seu aniversário e ganha a população”, aponta Ibaneis Rocha.
“O MAB é uma casa de sonhos. Aqui guardam-se tesouros… Tarsila do Amaral, Rubem Valentim, Lêda Watson, Cildo Meireles. Temos um dos maiores acervos de arte contemporânea do país. O MAB traz seis décadas de produção de uma cidade que nasceu como uma obra-prima e, se Brasília é uma obra de arte, é aqui que a arte se encontra”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa
Visitas liberadas
A visitação a museus e exposições de arte foi liberada após uma alteração no Decreto nº 41.913/2021, que dispõe sobre medidas de enfrentamento ao coronavírus (covid-19). O texto, publicado na edição extra de terça-feira (20), libera o funcionamento de museus e exposições de arte desde que sejam obedecidas medidas de segurança.
Ícone arquitetônico e cultural, o museu vai contar a história da arte e do design de Brasília em sua primeira exposição. “O MAB é uma casa de sonhos. Aqui guardam-se tesouros… Tarsila do Amaral, Rubem Valentim, Lêda Watson, Cildo Meireles. Temos um dos maiores acervos de arte contemporânea do país. O MAB traz seis décadas de produção de uma cidade que nasceu como uma obra-prima e, se Brasília é uma obra de arte, é aqui que a arte se encontra”, avalia o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.
Criadora do espaço, a gravurista Lêda Watson se emocionou ao lembrar da trajetória para que o local se transformasse em um museu. Ela destacou também a importância de se viver a arte. “É indescritível a emoção que estou sentindo com a reinauguração deste museu que um dia inauguramos. A função cultural de um museu é essencial para a sociedade. Sem arte e cultura as pessoas não sobrevivem e não podem ser melhores no dia de amanhã”, acredita.
A reforma
Foram investidos R$ 9 milhões na reforma do MAB, que teve o edifício expandido em mais de 500 m². O interior do prédio passou por uma requalificação total, com mudança de layout, permitindo a ampliação da galeria do 1º pavimento para mais de 1.022 m² de área útil, quando antes não chegava a 1.000 m². Destacam-se ainda a qualidade do sistema de ar-condicionado, adequado para instituições museológicas, e do sistema de prevenção a incêndio.
Há dois elevadores após a reforma, sendo que um é grande o suficiente para transportar as obras de arte. E a iluminação na galeria foi adequada para preservação das obras de arte, evitando ingresso de luz solar e raios UVA e UVB, por meio da instalação de paredes em drywall em frente às janelas.
Já o subsolo foi idealizado para abrigar a reserva técnica (armazenamento das obras), um moderno laboratório de restauro, a administração, geradores e a marcenaria. O térreo abriga um pequeno espaço expositivo e um café. No primeiro pavimento, funcionará a área expositiva principal e sala multiuso.
O MAB passou por adaptação para acessibilidade em todos os pavimentos com rampas, escada, estacionamento, comunicação visual, elevadores, banheiros e vestiários. Esse recurso de recuperação da estrutura manteve, no entanto, as características originais. O subsolo foi elevado por sistema de taludes para garantir que as paredes do acervo técnico não tivessem contato direto com a terra, evitando a umidade.
Outra intervenção que dialoga com aspectos típicos da construção da capital foi a inserção de cobogós na parede do subsolo para garantir iluminação, ventilação e privacidade à parte das instalações. Uma rampa sinuosa fará o acesso da área externa do subsolo até o nível térreo externo.
Geração de energia
O MAB vai usar uma usina de geração de energia fotovoltaica em sua cobertura para zerar o alto custo de energia elétrica com climatização do interior do prédio. Foi construído acesso adequado para os caminhões carregarem e descarregarem as obras em uma doca coberta e existem ainda espaços para triagem e quarentena de peças aguardando restauro. O paisagismo externo será feito de forma escalonada, com plantio de espécies do cerrado.
“Essas instalações estavam abandonadas e foram modernizadas e trazidas à necessidade do mundo atual”, destaca Fernando Leite, presidente da Novacap, executora da obra.
Participaram da cerimônia o governador Ibaneis Rocha e a primeira-dama e secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha; o vice-governador Paco Britto e a vice-primeira-dama, Ana Paula Hoff; os secretários de Cultura, Bartolomeu Rodrigues; de Governo, José Humberto Pires; de Obras, Luciano Carvalho; de Turismo, Vanessa Mendonça; e de Atendimento à Comunidade, Severino Cajazeiras; o gerente do MAB, Marcelo Gonczarowska; o diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite; a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro; e os deputados federais Celina Leão e Luís Miranda.
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