Pregoeiro de Cidade Ocidental é preso por fraude em licitações de R$ 65 milhões

Pregoeiro de Cidade Ocidental é preso por fraude em licitações de R$ 65 milhões

O pregoeiro público e secretário extraordinário da Cidade Ocidental (GO), Gabriel Paixão Ribas, foi preso pela Polícia Federal (PF) acusado de envolvimento em um esquema de fraudes em licitações que teriam movimentado R$ 65 milhões. As investigações apontam que Ribas não dava a devida publicidade aos editais de licitação, facilitando a manipulação dos processos em benefício de empresas ligadas ao esquema.

A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou indícios de irregularidades em diversos contratos conduzidos por Gabriel Ribas. Um dos casos envolve o prefeito da cidade, Fábio Corrêa (PP), que contratou um hospital pertencente à sua própria família. Segundo a investigação, a empresa da família de Corrêa recebeu pelo menos R$ 4,4 milhões em recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), sem a realização de concorrência com outros fornecedores capacitados.

OPERAÇÃO YPERVOLI

A prisão de Gabriel Ribas faz parte da Operação Ypervoli, deflagrada pela Polícia Federal para desmantelar um esquema de corrupção envolvendo fraudes em licitações, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. A operação revelou a manipulação de mais de 100 contratos públicos, com ramificações no Entorno do Distrito Federal.

Como consequência das investigações, o prefeito Fábio Corrêa foi afastado do cargo, e o governo municipal está proibido de firmar novos contratos com pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema. A PF apura ainda a extensão dos prejuízos aos cofres públicos e o papel de outros integrantes da organização criminosa.

OSTENTAÇÃO NAS REDES SOCIAIS

Além das suspeitas de corrupção, Gabriel Ribas também chamou a atenção pelo estilo de vida ostentador exibido em suas redes sociais. Apesar de ocupar cargos públicos, o secretário fazia questão de compartilhar imagens de viagens luxuosas, veículos de alto padrão e festas exclusivas, contrastando com a realidade do município que administrava.

A investigação segue em curso, e a Polícia Federal não descarta novas prisões e apreensões nos próximos dias. O caso trouxe repercussão negativa para a gestão local, levantando questionamentos sobre a transparência e a lisura dos processos administrativos conduzidos na Cidade Ocidental.