Paulo Cezar propõe inclusão de pessoas com HIV/AIDS na política estadual em prol da saúde mental
Sancionada em abril deste ano, a Lei Estadual nº 21.292 criou a Política Estadual de Atenção, Cuidados e Proteção da Saúde Mental. Para aperfeiçoar o programa, o deputado Paulo Cezar (PL) sugere, por meio do projeto nº 10533/22, a inclusão expressa das pessoas diagnosticadas com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e pessoas positivadas com o vírus HIV como público prioritário. A matéria está na Comissão de Constituição. Justiça e Redação (CCJ) para ser distribuída a um relator.
A AIDS é causada pelo HIV, mas nem todos aqueles que possuem o vírus em seu organismo, ainda que possam transmiti-lo, desenvolvem a doença.
“A pessoa com HIV/AIDS, além do transtorno emocional que qualquer doença grave provoca, em muitos casos, tem que conviver com preconceitos, estigmas e se adaptar a uma nova realidade de vida”, expõe, na justificativa, o parlamentar.
O objetivo da inclusão é reforçar o auxílio ao enfrentamento e prevenção de suicídio, automutilação e outras formas de violências autoprovocadas, além de transtornos mentais, para essas pessoas. Entre as medidas que podem ser adotadas está a capacitação de cidadãos para identificar, entre pessoas diagnosticadas com HIV/AIDS, os primeiros sintomas presentes nos quadros de sofrimento ou transtornos psíquico, bem como garantir o direito ao acompanhamento em saúde mental e ao tratamento desses quadros pelas pessoas que os apresentem.
Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), estudos realizados em 38 países mostram que 15% dos adultos e 25% dos adolescentes vivendo com HIV relataram depressão ou se sentiram sobrecarregados, o que pode ser uma barreira para a adesão à terapia antirretroviral. Além disso, ainda de acordo com o UNAIDS, pessoas vivendo com problemas de saúde mental também podem estar sob maior risco de infecção pelo HIV.
Melhorias
O projeto de lei sugere, ainda, novos mecanismos de atuação para o programa de atenção à saúde mental. São eles: exposição informativa sobre os serviços e contatos dos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS); informar sobre a forma de atendimento psicológico e psiquiátrico nos serviços de saúde; formação e fortalecimento de Grupos de Apoio Psicossocial e estímulo à formalização de convênio, termos de cooperação, ou instrumentos similares com órgãos e entidades das Administrações Públicas Federal, Estadual e Municipais, a fim de atribuir maior efetividade à referida Política.
Fonte: Assembleia Legislativa de GO