Prefeitura de Goiânia alerta quanto à recusa de vacinas
Para inibir a prática dos chamados “sommeliers de vacina”, os que querem escolher qual imunizante a ser aplicado contra a Covid-19, a Prefeitura de Goiânia deve publicar nos próximos dias um decreto que adotará medidas que visam evitar essa medida. Ir para o fim da fila, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está entre as consequências pela atitude considerada inadequada em tempo de pandemia.
A secretária executiva da SMS, Luana Ribeiro, lembra que somente no drive-thru do shopping Passeio das Águas na última terça-feira (13/7) 346 pessoas recusaram a vacina disponível em virtude do laboratório fabricante. “Das 2 mil doses que foram disponibilizadas para o ponto de vacinação, 17,3% das pessoas que pegaram a fila e receberam a senha se recusaram a se imunizar por conta do tipo da vacina”, disse.
Luana Ribeiro ressalta que a população precisa se atentar para o momento que vive o país e que recusar a dose do imunizante por conta do fabricante é, segundo ela, uma ação irresponsabilidade. “A pessoa ao recusar a dose disponível tira o direito de outro tomar a vacina nesse momento tão importante”. Ela acrescenta que todas as vacinas disponíveis têm eficácia comprovada, certificação dos órgãos sanitários e o mais importante é que a cobertura vacinal seja atingida.
Os detalhes do decreto já estão sendo discutidos, inclusive com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para ser divulgado nos próximos dias. “As pessoas que a partir de hoje recusam a receber o imunizante já estão sendo identificadas e serão inseridas entre as medidas que estão sendo tomadas para impedir essa prática”, conclui a secretária executiva Luana Ribeiro.
Moradora do Jardim Nova Esperança, Iolanda Damasceno conta que decidiu ir para fila do shopping logo no início da manhã desta quarta-feira (14/7) para garantir a imunização. “Estamos em tempos difíceis e somente a vacina pode nos salvar e tirar dessa triste situação, por isso ter oportunidade e não aproveitar é no mínimo inaceitável”, pontua ela, acrescentando que a vacina boa é aquela que está disponível à população.
Mauro Júnio, da editoria de Saúde