Brasileira que foi bolsista na CAPES ganha prêmio de Cientista do Ano 2020

Brasileira que foi bolsista na CAPES ganha prêmio de Cientista do Ano 2020

Brasileira que foi bolsista na CAPES ganha prêmio de Cientista do Ano 2020

A pesquisadora Ângela Wyse, pesquisadora do programa de pós-graduação em Bioquímica da Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS), ganhou o prêmio Cientista do Ano 2020 na categoria Ciências Médicas e da Saúde, oferecido pelo International Achievements Research Center, de Chicago (EUA). Ela é a única brasileira entre 23 cientistas a receber a premiação.

Ex-bolsista de doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a cientista destaca a importância da Fundação na sua trajetória profissional: "Para além da minha própria formação, cerca de 70% dos mais de 70 mestres e doutores que orientei eram bolsistas da CAPES. Esse trabalho com os alunos foi um dos fatores para o reconhecimento, além da produção acadêmica".

Wyse liderou testes que mostraram os danos no cérebro e no coração causados pela   homocisteína, uma substância tóxica produzida pelo organismo quando este processa a metionina, elemento presente em alimentos de origem animal e importante no funcionamento do organismo. Entre as doenças cardíacas e cerebrais, estão algumas degenerativas, como de Alzheimer e Parkinson.

"Nossos achados indicam que a homocisteína pode ser um fator de risco para essas e outras doenças, por aumentar as atividades de acetilcolinesterases, diminuindo os níveis de acetilcolina", diz. A acetilcolina é um neurotransmissor importante para a manutenção das boas condições motoras, cognitivas e de memória. Assim, dietas à base de proteínas, aliadas ao sedentarismo e ao consumo excessivo de álcool e tabaco levam a uma maior produção de homocisteína.

O trabalho da pesquisadora trouxe avanços com relevância internacional nas Ciências da Saúde. Em dezembro, o diretor-médico do Centro de Recuperação da Universidade de Oxford, na Inglaterra, usou as pesquisas conduzidas por Wyse para tratar crianças afetadas pela homocisteína.

Fonte: Brasil.gov