Agenda de reformas será retomada
Em um balanço feito nesta sexta-feira (18) sobre a economia brasileira em 2020 e as medidas tomadas pelo Governo Federal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, com a chegada da Covid-19, foi preciso mudar a agenda de reformas estruturais para medidas emergenciais.
Ele detalhou uma série de ações tomadas pelo Governo como a liberação de recursos para o pagamento do Auxílio Emergencial, para atender estados e municípios na área de Saúde e linhas de crédito para socorrer, principalmente, empresas de pequeno e médio porte. Além das iniciativas de manutenção de empregos no país.
"Além dessa batalha inicial para salvar vidas, houve também uma grande preocupação com a economia, preservar os empregos", ressaltou Paulo Guedes. "A maior parte da ajuda foi para a Saúde e preservação da vida dos brasileiros", afirmou.
Auxílio EmergencialO pagamento do auxílio garantiu proteção social às camadas mais vulneráveis da população, de acordo com Guedes. "É um programa que acredito que foi um dos mais rápidos do mundo. Digitalizamos e entregamos essa proteção a 64 milhões de brasileiros. Dos R$ 600 bilhões de ajuda, mais de R$ 300 bilhões foram diretamente para o Auxílio Emergencial."
Linhas de créditoO ministro lembrou que o Governo tomou várias medidas de socorro a setores da economia voltadas, por exemplo, ao setor elétrico, automotivo e de aviação. E também as linhas de crédito para micro e pequenas empresas. "Esses programas chegaram a salvar 650 mil pequenas e médias empresas", relatou.
Manutenção de empregosO Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que permite a redução de jornada e suspensão de contratos de trabalho, foi citado pelo ministro como fundamental para garantir a manutenção da renda para milhares de brasileiros. "Talvez tenha sido o programa mais bem-sucedido de preservação de empregos. Tenho contato com alguns desses programas lá fora e não há casos semelhantes."
Os dados do Ministério do Trabalho mostram que, até agora, 20 milhões de empregos foram preservados com a iniciativa.
ReformasO ministro da economia disse que está mantida a agenda de reformas estruturais. Segundo ele, apesar de paralisações em algumas discussões no Congresso Nacional nos últimos meses, foi possível aprovar matérias importantes como o novo Marco Legal do Saneamento, a nova Lei de Falências e o projeto de ajuda a estados em troca de um plano de ajuste fiscal. "Em nenhum momento abandonamos a ideia de que as reformas têm que continuar", ressaltou.