O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, anunciou nesta segunda-feira (3) que governadores ligados ao Consórcio da Paz irão a Brasília ao longo da semana para dialogar com o Congresso Nacional sobre a inclusão de novos pontos no Projeto de Lei Antifacção. Segundo ele, o texto apresentado pelo governo federal e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança precisam ser aprimorados para refletir a atual realidade do país no combate ao crime organizado.
“Vamos discutir a fundo no Congresso Nacional. Essa é a oportunidade para trazermos à tona o que é realmente necessário: considerar faccionados como terroristas, narcoterroristas”, afirmou Caiado ao programa Ponto de Vista, da revista Veja.
O governador destacou que mantém contato com outros chefes de Executivo estaduais, entre eles o do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para alinhar propostas e fortalecer o posicionamento dos estados. “Iremos a Brasília em um grande movimento dos governadores e nossa base de deputados, para reforçar o apoio ao relator da PEC da Segurança, deputado Mendonça Filho, a fim de que todos os temas estejam incluídos, e alguns mais”, disse.
Caiado citou ainda mudanças que considera fundamentais, como o fim da audiência de custódia para reincidentes, a revogação das saídas temporárias para integrantes de facções, e o aumento do tempo mínimo de cumprimento de pena. Ele também defendeu a proibição de visitas íntimas e a gravação de encontros com advogados de presos ligados a facções.
Para o governador, o endurecimento das leis atende ao anseio popular por mais segurança. “Pesquisas mostram que a maioria dos brasileiros quer viver em paz e não sob o jugo das facções. A sociedade deseja paz, não a tutela do crime”, declarou.