Goiás registrou, em outubro de 2025, o menor número de homicídios de toda a série histórica iniciada em 2016. Foram contabilizados 57 casos no mês, segundo dados do Observatório da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-GO). O número representa redução de 77,7% em relação a outubro de 2016, quando houve 256 homicídios, até hoje o maior registro mensal no estado.
Os indicadores apontam que, antes de 2019, Goiás registrava sucessivos recordes no número de mortes violentas. Em 2016, o estado teve ainda 246 homicídios apenas em abril e 235 em dezembro, encerrando o ano com 2.019 mortes. No ano seguinte, em 2017, o total anual atingiu o maior patamar da série, com 2.272 homicídios.
A tendência se inverteu a partir de 2019, com a reformulação da política estadual de segurança pública, que incluiu aumento de investimentos, reestruturação do sistema prisional, realização de concursos para todas as forças policiais, ampliação do efetivo e valorização das carreiras. Desde então, os índices vêm caindo de forma contínua, chegando em 2024 ao menor registro anual já contabilizado: 960 homicídios.
O governador Ronaldo Caiado associou a queda às medidas implementadas na área. “A segurança é hoje a principal preocupação do brasileiro e, desde 2019, Goiás passou por uma transformação completa, que permitiu a redução da criminalidade a números nunca antes vistos. Segurança pública é governabilidade. Ela irradia em todas as outras áreas”, afirmou.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Renato Brum dos Santos, destacou que os resultados refletem a atuação integrada das forças policiais e o aumento dos investimentos na área. “Esses resultados são fruto do esforço conjunto entre as forças de segurança e dos investimentos do Governo de Goiás. A integração das operações tem sido determinante no enfrentamento ao crime”, disse.
Os dados são do sistema Qlik Sense (RAI), atualizados em 3 de novembro, e incluem os casos de feminicídio na soma total de homicídios, conforme metodologia oficial da SSP-GO. Segundo o secretário, o trabalho continuará. “Chegamos a números que mostram a redução dos índices de violência, mas o trabalho seguirá intensificado, com foco na preservação da vida e no combate à criminalidade”, concluiu.