Goiás firma parceria para oferecer bolsas de mestrado no exterior

Primeira seleção de estudantes e servidores será em 2026, com apoio de universidades de excelência

O Governo de Goiás firmou parceria com o Instituto Trajetórias para oferecer bolsas de mestrado a estudantes e servidores públicos em universidades consideradas entre as melhores do mundo. A iniciativa envolve instituições como Yale (Estados Unidos), University College London e Imperial College London (Reino Unido), McGill (Canadá), Tsinghua Shenzen (China) e École Polytechnique (França).

O acordo foi oficializado em São Paulo, durante o lançamento do Instituto Trajetórias, e contou com a participação do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, José Frederico Lyra Netto. Segundo ele, a internacionalização do capital humano é estratégica para o desenvolvimento do país.

Além da Secti, participam da parceria a Secretaria da Administração (Sead) e a Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg). O primeiro grupo será selecionado em 2026, por meio de editais previstos a partir de fevereiro. O Estado oferecerá bolsas integrais e parciais, enquanto universidades parceiras concederão descontos e entidades filantrópicas aportarão recursos para complementar o financiamento.

De acordo com a CEO do Instituto Trajetórias, Leany Lemos, a meta é enviar mais de 5 mil bolsistas brasileiros ao exterior em dez anos. “A internacionalização tem de ser uma estratégia coletiva para o desenvolvimento de capital humano de alto nível”, disse. O instituto é uma entidade sem fins lucrativos apoiada pelas Fundações Lemann e VélezReyes.

Estudo publicado em maio na revista Science apontou que países capazes de atrair e manter talentos qualificados tendem a ampliar investimentos em educação, transferência de recursos e transformação social. Já levantamento realizado pelo Instituto Trajetórias, em parceria com o economista Pedro Nery, indica que o Brasil envia menos estudantes de pós-graduação para o exterior do que outros países emergentes. Em 2022, eram cerca de 30 mil bolsistas brasileiros em universidades estrangeiras, enquanto a projeção seria de aproximadamente 52 mil.

 

Ramy Robson/Instituto Trajetórias